Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais https://rbeur.anpur.org.br/rbeur Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais pt-BR <p>Autores/as que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:</p> <p>1. Autores/as que publicam na RBEUR mantêm os direitos sobre a sua obra e concedem à revista o direito de primeira publicação, realizada sob a <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/">Licença Creative Commons Attribution</a>&nbsp;que permite o compartilhamento do trabalho e assevera o reconhecimento da autoria e do veículo de publicação original, a RBEUR.</p> <p>2. Autores/as têm liberdade para publicação e distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), reafirmando a autoria e o reconhecimento do veículo de publicação original, a RBEUR.</p> revista@anpur.org.br (Maria Encarnação Beltrão Sposito ) revista@anpur.org.br (Heitor Vianna Moura) Tue, 18 Feb 2025 00:00:00 -0300 OJS 3.3.0.13 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 Dar nome aos bois: um ensaio sobre categorias nativas e suas implicações políticas https://rbeur.anpur.org.br/rbeur/article/view/7697 <p>O presente artigo parte de inquietação inicial centrada na nomeação dos territórios periféricos e suas dimensões políticas e/ou despolitizantes, em um processo diretamente ligado ao repertório e às categorias (teóricas e políticas) mobilizados para sua compreensão. A partir disso, buscamos elaborar e desdobrar algumas consequências da adoção da categoria “ocupação” para identificar territórios periféricos em São Paulo, considerando o contexto de disputa política, ideológica e econômica entre diferentes atores, como Estado – presente sob a forma de institucionalidade, poder de polícia, parlamentares e leis, o que produz diferentes efeitos nos territórios –, matrizes religiosas distintas, grupos que operam mercados ilícitos, movimentos sociais, organizações não governamentais, empresas privadas do mercado formal, moradores e universidades nacionais e internacionais, entre outros. A partir de pesquisa empírica realizada no distrito do Grajaú, zona sul da cidade de São Paulo, interessa-nos sobretudo pôr em xeque as formas de adoção acrítica de categorias à primeira vista nativas; defendemos, no caso estudado, o uso da categoria “favela” a partir de uma perspectiva dissensual, incidindo sobre o sensível, conferindo-lhe outras nomeações e disputando sentidos instrumentalizados por uma suposta ação virtuosa.</p> <p><span style="font-weight: 400;">A partir de pesquisa empírica realizada no distrito do Grajaú, Zona Sul da cidade de São Paulo, defendemos o uso da categoria favela a partir de uma perspectiva dissensual, incidindo sobre o sensível e conferindo-lhe outras nomeações e disputando sentidos instrumentalizados por uma suposta ação virtuosa.</span></p> Ana Luiza Vieira Gonçalves, Cibele Saliba Rizek Copyright (c) 2025 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://rbeur.anpur.org.br/rbeur/article/view/7697 Tue, 18 Feb 2025 00:00:00 -0300 Territórios periféricos e as geografias da reprodução social crítica: heterogeneidade de práticas na urbanização periférica https://rbeur.anpur.org.br/rbeur/article/view/7688 <p><span style="font-weight: 400;">A partir de pesquisa de natureza etnográfica realizada em uma periferia metropolitana de Belo Horizonte, este texto investiga as geografias da reprodução social crítica produzidas por sujeitos periféricos de modo a garantir sua sobrevivência em meio à crise. Explora-se a diversidade de práticas a partir de relatos de histórias da área estudada, atentando-se para as estratégias de reprodução social e as espacialidades produzidas. Trata-se de estratégias para sobreviver nas adversidades acumuladas no contexto da crise contemporânea. O argumento baseia-se no diagnóstico de uma profunda transformação nos territórios periféricos e busca evidenciar a complexidade das práticas sociais que estão envolvidas na dinâmica da urbanização periférica, evidenciando a heterogeneidade desta realidade.</span></p> Thiago Canettieri Copyright (c) 2025 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://rbeur.anpur.org.br/rbeur/article/view/7688 Tue, 18 Feb 2025 00:00:00 -0300 Espaços de lazer de natureza e iniquidade racial https://rbeur.anpur.org.br/rbeur/article/view/7664 <p>Este estudo teve por objetivo analisar o acesso da população negra de Campinas, com base na distância de moradia, aos equipamentos públicos de lazer na natureza instalados na cidade. Foram utilizados dados oficiais fornecidos pelo município e aqueles relativos ao georreferenciamento da distribuição das Áreas Verdes de Função Social cotejados com os dados raciais do Censo 2010. Por meio do acompanhamento da evolução da morfologia urbana e do aumento do perímetro oficial da cidade, ocorrido como resultado de movimentos migratórios regulares, os quais trouxeram pessoas em busca de melhores condições de vida (em sua maioria negras), conclui-se que Campinas reproduz um modelo de urbanização dispersa, que impacta o acesso aos espaços públicos de lazer já precarizados desde o processo da abolição escravagista.</p> Danilo Ciaco Nunes, Bruno Modesto Silvestre, Sílvia Cristina Franco Amaral Copyright (c) 2025 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://rbeur.anpur.org.br/rbeur/article/view/7664 Tue, 18 Feb 2025 00:00:00 -0300 A lógica da “conta inversa”: rentabilidade imobiliária e interesse público no projeto urbano PIU Vila Leopoldina-Villa-Lobos em São Paulo https://rbeur.anpur.org.br/rbeur/article/view/7747 <h1>Este artigo investiga mudanças nas lógicas que embasam instrumentos urbanísticos que funcionam como políticas habitacionais inclusivas relacionando sua literatura ao estudo de caso do Projeto de Intervenção Urbana Vila Leopoldina-Villa-Lobos (PIU-VL) na cidade de São Paulo. O caso revela uma mudança nos mecanismos de financiamento na qual o modelo tradicional de captura da mais-valia calculada segundo o potencial construtivo disponível na área se transformou em uma “conta inversa” em que o custo da execução das intervenções de interesse público (composto principalmente da habitação) se torna o valor a ser capturado. A conclusão a que se chega é de que a “conta inversa” se aproxima de dinâmicas das parcerias público-privadas, traz riscos de subordinação do interesse público à lógica imobiliário-financeira e está estruturada com base na rentabilidade imobiliária privada como ponto de partida, mas, principalmente, como limitador das intervenções de interesse público, fragilizando compromissos do poder público perante a população afetada.</h1> Isadora Marchi de Almeida, Paula Freire Santoro Copyright (c) 2025 http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://rbeur.anpur.org.br/rbeur/article/view/7747 Tue, 18 Feb 2025 00:00:00 -0300