São Paulo, velhas desigualdades, novas configurações espaciais

Autores

  • Lúcia Maria Machado Bógus PUC-SP, São Paulo
  • Suzana Pasternak Taschner FAU - USP, São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.22296/2317-1529.1999n1p153

Palavras-chave:

metropolização, segregação socioespacial, dinâmica intra-urbana

Resumo

O presente artigo mostra estágio inicial do desenvolvimento de pesquisa financiada pelo PRONEX. Fornece uma primeira visão da "segregação” sócio-ocupacional na Grande São Paulo em 1991, evidenciando a distribuição residencial das categorias sócio-ocupacionais dos chefes de domicílio, faixa etária, cor, renda e escolaridade, além de algumas características domiciliares. Os mapas mostram uma grande concentração da chamada “elite dirigente" e profissionais de nível superior na área central da capital e, de outro lado, os "trabalhadores de sobrevivência”, que moram preferencialmente em determinadas áreas dos municípios periféricos. Como resultados gerais, os chefes da Grande São Paulo são ainda predominantemente masculinos (81,70%), brancos (68,91%), com baixa escolaridade (10,21% sem nenhum ano de escolaridade formal). O trabalho espacializa estas variáveis, procurando observar níveis de segregação socioespacial.

 

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Publicado

1999-05-31

Como Citar

Bógus, L. M. M., & Taschner, S. P. (1999). São Paulo, velhas desigualdades, novas configurações espaciais. Revista Brasileira De Estudos Urbanos E Regionais, (1), 153. https://doi.org/10.22296/2317-1529.1999n1p153

Edição

Seção

Artigos: O melhor do 8º Encontro Nacional da Anpur