Mapa climático como instrumento para o planejamento urbano
DOI:
https://doi.org/10.22296/2317-1529.rbeur.202108ptPalabras clave:
Clima Urbano, Conforto Ambiental, Planejamento Urbano, Mapa Climático, RecifeResumen
Observa-se um aumento global de estudos sobre mapeamento climático atrelados ao planejamento urbano, espacializando os microclimas urbanos, para orientar ações municipais, visando ao conforto ambiental. Nesta pesquisa, revisaram-se estudos climáticos diversos para elaborar mapas de análise climática e recomendações quanto ao uso e à ocupação do solo. Adaptou-se a técnica de classificação climática por topoclimas, a partir da sobreposição de camadas e com a atribuição de valores de acúmulo de calor para as camadas-base. No município de Recife, foram identificados catorze microclimas, distribuídos em macrozonas litorânea, de planície e de morros. Os bairros Boa Vista e Soledade apresentaram oito microclimas, sintetizados em três classes de acúmulo de calor, predominantemente alto, sobretudo em áreas adensadas e verticalizadas. As recomendações têm o propósito de contribuir com a gestão urbana, tendo em vista uma atuação mais precisa sobre as áreas críticas, promovendo, como resultado da revisão de parâmetros urbanísticos, diretrizes para a adequação de projetos em escalas urbana e arquitetônica.
Descargas
Citas
ASSIS, E.; FERREIRA, D.; KATZSCHNER, L. Construção de um mapa climático analítico para a cidade de Belo Horizonte, Brasil. Revista Brasileira de Gestão Urbana, Paraná, v. 9, p. 255-270, 2017.
ASSIS, W.; MACHADO, L. Proposta metodológica de mapeamento de unidades topoclimáticas. Revista Brasileira de Climatologia, Curitiba, v. 21, p. 186-204, 2017.
AZERÊDO, J. F. F. A. Verde que te quero confortável: a contribuição da arborização urbana para o conforto termoambiental ao nível do usuário pedestre. 2017. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2017.
BARROS, H.; LOMBARDO, M. Zoneamento climático urbano da cidade do Recife: uma contribuição ao planejamento urbano. Revista GEOUSP – Espaço e Tempo, São Paulo, n. 33, p. 187-197, 2013.
BAUMÜLLER, J. et al. Klimaatlas Region Stuttgart. Stuttgart: Verband Region Stuttgart, 2008. 167 p.
BENÉVOLO, L. A cidade e o arquiteto. São Paulo: Perspectiva, 1991.
BRASIL. Lei n° 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis n°s 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis n°s 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória n° 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 maio 2012. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2012/lei-12651-25-maio-2012-613076normaatualizada-pl.pdf. Acesso em: 10 ago. 2017.
BRASIL. Lei n° 10.257, de 10 de julho de 2001. Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 jul. 2001. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/70317/000070317.pdf. Acesso em: 7 agosto 2020.
BRASIL. Lei n° 6.766, de 19 de dezembro de 1979. Dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano e dá outras Providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 dez. 1979. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6766.htm. Acesso em: 2 jul. 2020.
COSTA, A. Análise bioclimática e investigação do conforto térmico em ambientes externos: uma experiência no bairro de Petrópolis em Natal/RN. 2003. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2003.
FREITAS, R. Entre mitos e limites: as possibilidades do adensamento construtivo face à qualidade de vida no ambiente urbano. Recife: Ed. da UFPE, 2008.
FROTA, A. B.; SCHIFFER, S. R. Manual de conforto térmico: arquitetura, urbanismo. 5. ed. São Paulo: Studio Nobel, 2001.
IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Cidades e Estados. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/pe/recife.html. Acesso em: 22 abr. 2020.
IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Mapa de clima do Brasil. Rio de Janeiro: Diretoria de Geociências: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, 2002. Disponível em: https://geoftp.ibge.gov.br/informacoes_ambientais/climatologia/mapas/brasil/Map_BR_clima_2002.pdf. Acesso em: 8 jun. 2013.
INMET. INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA. Normais climatológicas do Brasil 1981-2010. Disponível em: http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=clima/normaisClimatologicas. Acesso em: 22 abr. 2020.
IPCC. PAINEL INTERGOVERNAMENTAL SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS, 2018. Aquecimento global de 1,5°C. Relatório especial do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Disponível em: https://www.ipcc.ch/site/assets/uploads/2019/07/SPM-Portuguese-version.pdf. Acesso em: 6 ago. 2020.
LACAM. LABORATÓRIO DE CONFORTO AMBIENTAL. Estudo de mapas de vegetação da cidade de Recife. Recife: Departamento de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Pernambuco, 2016.
MASCARÓ, L. Ambiência urbana. Porto Alegre: Sagra-DC Luzzatto, 1996. 199 p.
MENDONÇA, V. Conforto térmico na concepção da forma urbana: o caso do Porto Olímpico no Rio de Janeiro. 2012. 101 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Urbana e Ambiental) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012.
MONTEIRO, C. Clima urbano. São Paulo: Contexto, 2003.
NG, E. et al. Final report of Hong Kong urban climatic map and wind environment – Feasibility study. Hong Kong: CUHK, Department of Architecture, 2012. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/283806656. Acesso em: 11 mar. 2020.
PBMC. PAINEL BRASILEIRO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS. Mudanças climáticas e cidades. Relatório especial do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas [RIBEIRO, S. K.; SANTOS, A. S. (ed.)]. Rio de Janeiro: PBMC, Coppe-UFRJ, 2016. Disponível em: http://www.pbmc.coppe.ufrj.br/documentos/Relatorio_UM_v10-2017-1.pdf. Acesso em: 6 ago. 2020.
RECIFE. Curva de nível e recursos hídricos. Recife: Prefeitura da Cidade do Recife, 2018. Arquivo em formato shapefile (.shp).
RECIFE. Lei nº 17.511/2008. Promove a revisão do Plano Diretor do Município do Recife. Diário Oficial da Prefeitura do Recife, Recife, 29 dez. 2008. Disponível em: https://leismunicipais.com.br/a1/plano-diretor-recife-pe. Acesso em: 7 ago. 2020.
RECIFE. Unidades ambientais do Recife. Recife: Seplam/PCR, 1993.
REIS, N. Notas sobre urbanização dispersa e novas formas de tecido urbano. São Paulo: Via das Artes, 2006.
RIBEIRO, C. Atualização e aprofundamento do mapa de análises climáticas do município de João Pessoa-Paraíba. 2013. 159 p. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Centro de Tecnologia da Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2013.
RIBEIRO, C; BRAZ, A.; SILVA, F. Mapa de análises climáticas de João Pessoa – Paraíba. In: ENCONTRO NACIONAL DE CONFORTO NO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 12., 2013, Brasília. Anais [...]. Brasília: UnB-FAU, 2013. p. 1-10.
ROMERO, M. Princípios bioclimáticos para o desenho urbano. São Paulo: Projeto, 1988.
ROVATI, J. F. Urbanismo versus planejamento urbano? Revista brasileira de estudos urbanos e regionais, v. 15, n. 1, p. 33-58, maio 2013.
SOUSA, J. Influência da forma urbana na ventilação natural: um estudo de caso no Cais José Estelita. 2014. 179 p. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Urbano) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2014.
SOUZA, V. Mapa climático urbano da cidade de João Pessoa-PB. 2010. 114 p. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Centro de Tecnologia da Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2010.
SPOSITO, E. Geografia e filosofia: contribuição para o ensino do pensamento geográfico. São Paulo: Ed. da Unesp, 2004.
UNITED NATIONS. World Urbanization Prospects: The 2018 Revision (ST/ESA/SER.A/420). New York: Department of Economic and Social Affairs, Population Division, United Nations, 2019.
UNITED NATIONS. World Population Prospects 2019: Highlights (ST/ESA/SER.A/423). New York: Department of Economic and Social Affairs, Population Division, United Nations, 2019.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Categorías
Licencia

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Los autores que publican en esta revista aceptan los siguientes términos:
1) Los autores que publican en la RBEUR conservan los derechos sobre su obra y otorgan a la revista el derecho de primera publicación, realizada bajo la Licencia Creative Commons Attribution que permite compartir la obra y asegura el reconocimiento de la autoría y del vehículo de publicación original, la RBEUR.
2) Los autores son libres para publicar y distribuir de forma no exclusiva la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicar en repositorio institucional o como capítulo de un libro), reafirmando la autoría y el reconocimiento del vehículo de publicación original, la RBEUR.