Mapa climático como instrumento para o planejamento urbano

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.22296/2317-1529.rbeur.202108pt

Palabras clave:

Clima Urbano, Conforto Ambiental, Planejamento Urbano, Mapa Climático, Recife

Resumen

Observa-se um aumento global de estudos sobre mapeamento climático atrelados ao planejamento urbano, espacializando os microclimas urbanos, para orientar ações municipais, visando ao conforto ambiental. Nesta pesquisa, revisaram-se estudos climáticos diversos para elaborar mapas de análise climática e recomendações quanto ao uso e à ocupação do solo. Adaptou-se a técnica de classificação climática por topoclimas, a partir da sobreposição de camadas e com a atribuição de valores de acúmulo de calor para as camadas-base. No município de Recife, foram identificados catorze microclimas, distribuídos em macrozonas litorânea, de planície e de morros. Os bairros Boa Vista e Soledade apresentaram oito microclimas, sintetizados em três classes de acúmulo de calor, predominantemente alto, sobretudo em áreas adensadas e verticalizadas. As recomendações têm o propósito de contribuir com a gestão urbana, tendo em vista uma atuação mais precisa sobre as áreas críticas, promovendo, como resultado da revisão de parâmetros urbanísticos, diretrizes para a adequação de projetos em escalas urbana e arquitetônica.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Ruskin Fernandes Marinho de Freitas, Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Arquitetura e Urbanismo, Recife, PE, Brasil

Graduado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com mestrado em Geografia pela mesma instituição. Realizou doutorado em Arquitetura pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e estágio de doutorado na Faculdade de Marseille-Luminy, na França. Atuou, entre 2007 e 2013, na Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe Fidem) nos cargos de diretor técnico da Região de Desenvolvimento Metropolitana e de diretor de Estudos Regionais e Urbanos. Desde 1996, é professor da UFPE, no curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo e no Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Urbano, orientando alunos de mestrado e de doutorado. Desenvolve atividades de pesquisa no Laboratório de Conforto Ambiental (Lacam). Foi chefe do Departamento de Arquitetura e Urbanismo entre 2013 e 2015. É coordenador do curso de graduação em Arquitetura e Urbanismo desde 2019. Tem experiência e publicações sobre planejamento urbano e regional, bem como sobre conforto ambiental e arquitetura e urbanismo bioclimáticos.

Jaucele de Fátima Ferreira Alves de Azerêdo, Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Arquitetura e Urbanismo, Recife, PE, Brasil

Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com diploma em Estudos Aprofundados em Villes et Sociétés pelo Institut National des Sciences Appliquées de Lyon (2004), mestrado em Desenvolvimento Urbano pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e doutorado em Desenvolvimento Urbano por essa mesma instituição. É professora adjunta da UFPE, coordenadora de estágio do curso de Arquitetura e Urbanismo, desde 2018, e coordenadora do Laboratório de Conforto Ambiental (Lacam), onde desenvolve atividades de pesquisa. Tem experiência e publicações na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em conforto ambiental.

Laís Teixeira de Carvalho, Arquiteta e urbanista, Recife, PE, Brasil

Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Atualmente, cursa a especialização em Master BIM: Ferramenta de Gestão e Projetos pelo Instituto de Pós-graduação (Ipog)/Recife.

Renato Freitas da Costa, Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Arquitetura e Urbanismo, Recife, PE, Brasil

Graduando em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pesquisador do Laboratório de Conforto Ambiental (Lacam). Recebeu Menção Honrosa pelo projeto arquitetônico UBS, na XI Bienal José Miguel Aroztegui, no Concurso Estudantil Íbero-americano de Arquitetura Bioclimática, 2019 (Tema: Estabelecimentos de saúde). Possui interesse e publicações em conforto ambiental, projeto e desenho urbano.

Citas

ASSIS, E.; FERREIRA, D.; KATZSCHNER, L. Construção de um mapa climático analítico para a cidade de Belo Horizonte, Brasil. Revista Brasileira de Gestão Urbana, Paraná, v. 9, p. 255-270, 2017.

ASSIS, W.; MACHADO, L. Proposta metodológica de mapeamento de unidades topoclimáticas. Revista Brasileira de Climatologia, Curitiba, v. 21, p. 186-204, 2017.

AZERÊDO, J. F. F. A. Verde que te quero confortável: a contribuição da arborização urbana para o conforto termoambiental ao nível do usuário pedestre. 2017. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2017.

BARROS, H.; LOMBARDO, M. Zoneamento climático urbano da cidade do Recife: uma contribuição ao planejamento urbano. Revista GEOUSP – Espaço e Tempo, São Paulo, n. 33, p. 187-197, 2013.

BAUMÜLLER, J. et al. Klimaatlas Region Stuttgart. Stuttgart: Verband Region Stuttgart, 2008. 167 p.

BENÉVOLO, L. A cidade e o arquiteto. São Paulo: Perspectiva, 1991.

BRASIL. Lei n° 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis n°s 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis n°s 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória n° 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 28 maio 2012. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2012/lei-12651-25-maio-2012-613076normaatualizada-pl.pdf. Acesso em: 10 ago. 2017.

BRASIL. Lei n° 10.257, de 10 de julho de 2001. Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 11 jul. 2001. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/70317/000070317.pdf. Acesso em: 7 agosto 2020.

BRASIL. Lei n° 6.766, de 19 de dezembro de 1979. Dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano e dá outras Providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 dez. 1979. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6766.htm. Acesso em: 2 jul. 2020.

COSTA, A. Análise bioclimática e investigação do conforto térmico em ambientes externos: uma experiência no bairro de Petrópolis em Natal/RN. 2003. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2003.

FREITAS, R. Entre mitos e limites: as possibilidades do adensamento construtivo face à qualidade de vida no ambiente urbano. Recife: Ed. da UFPE, 2008.

FROTA, A. B.; SCHIFFER, S. R. Manual de conforto térmico: arquitetura, urbanismo. 5. ed. São Paulo: Studio Nobel, 2001.

IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Cidades e Estados. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/pe/recife.html. Acesso em: 22 abr. 2020.

IBGE. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Mapa de clima do Brasil. Rio de Janeiro: Diretoria de Geociências: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, 2002. Disponível em: https://geoftp.ibge.gov.br/informacoes_ambientais/climatologia/mapas/brasil/Map_BR_clima_2002.pdf. Acesso em: 8 jun. 2013.

INMET. INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA. Normais climatológicas do Brasil 1981-2010. Disponível em: http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=clima/normaisClimatologicas. Acesso em: 22 abr. 2020.

IPCC. PAINEL INTERGOVERNAMENTAL SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS, 2018. Aquecimento global de 1,5°C. Relatório especial do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Disponível em: https://www.ipcc.ch/site/assets/uploads/2019/07/SPM-Portuguese-version.pdf. Acesso em: 6 ago. 2020.

LACAM. LABORATÓRIO DE CONFORTO AMBIENTAL. Estudo de mapas de vegetação da cidade de Recife. Recife: Departamento de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Federal de Pernambuco, 2016.

MASCARÓ, L. Ambiência urbana. Porto Alegre: Sagra-DC Luzzatto, 1996. 199 p.

MENDONÇA, V. Conforto térmico na concepção da forma urbana: o caso do Porto Olímpico no Rio de Janeiro. 2012. 101 p. Dissertação (Mestrado em Engenharia Urbana e Ambiental) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012.

MONTEIRO, C. Clima urbano. São Paulo: Contexto, 2003.

NG, E. et al. Final report of Hong Kong urban climatic map and wind environment – Feasibility study. Hong Kong: CUHK, Department of Architecture, 2012. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/283806656. Acesso em: 11 mar. 2020.

PBMC. PAINEL BRASILEIRO DE MUDANÇAS CLIMÁTICAS. Mudanças climáticas e cidades. Relatório especial do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas [RIBEIRO, S. K.; SANTOS, A. S. (ed.)]. Rio de Janeiro: PBMC, Coppe-UFRJ, 2016. Disponível em: http://www.pbmc.coppe.ufrj.br/documentos/Relatorio_UM_v10-2017-1.pdf. Acesso em: 6 ago. 2020.

RECIFE. Curva de nível e recursos hídricos. Recife: Prefeitura da Cidade do Recife, 2018. Arquivo em formato shapefile (.shp).

RECIFE. Lei nº 17.511/2008. Promove a revisão do Plano Diretor do Município do Recife. Diário Oficial da Prefeitura do Recife, Recife, 29 dez. 2008. Disponível em: https://leismunicipais.com.br/a1/plano-diretor-recife-pe. Acesso em: 7 ago. 2020.

RECIFE. Unidades ambientais do Recife. Recife: Seplam/PCR, 1993.

REIS, N. Notas sobre urbanização dispersa e novas formas de tecido urbano. São Paulo: Via das Artes, 2006.

RIBEIRO, C. Atualização e aprofundamento do mapa de análises climáticas do município de João Pessoa-Paraíba. 2013. 159 p. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Centro de Tecnologia da Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2013.

RIBEIRO, C; BRAZ, A.; SILVA, F. Mapa de análises climáticas de João Pessoa – Paraíba. In: ENCONTRO NACIONAL DE CONFORTO NO AMBIENTE CONSTRUÍDO, 12., 2013, Brasília. Anais [...]. Brasília: UnB-FAU, 2013. p. 1-10.

ROMERO, M. Princípios bioclimáticos para o desenho urbano. São Paulo: Projeto, 1988.

ROVATI, J. F. Urbanismo versus planejamento urbano? Revista brasileira de estudos urbanos e regionais, v. 15, n. 1, p. 33-58, maio 2013.

SOUSA, J. Influência da forma urbana na ventilação natural: um estudo de caso no Cais José Estelita. 2014. 179 p. Dissertação (Mestrado em Desenvolvimento Urbano) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2014.

SOUZA, V. Mapa climático urbano da cidade de João Pessoa-PB. 2010. 114 p. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Centro de Tecnologia da Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2010.

SPOSITO, E. Geografia e filosofia: contribuição para o ensino do pensamento geográfico. São Paulo: Ed. da Unesp, 2004.

UNITED NATIONS. World Urbanization Prospects: The 2018 Revision (ST/ESA/SER.A/420). New York: Department of Economic and Social Affairs, Population Division, United Nations, 2019.

UNITED NATIONS. World Population Prospects 2019: Highlights (ST/ESA/SER.A/423). New York: Department of Economic and Social Affairs, Population Division, United Nations, 2019.

Publicado

2021-04-13

Cómo citar

Freitas, R. F. M. de ., Azerêdo, J. de F. F. A. de ., Carvalho, L. T. de ., & Costa, R. F. da . (2021). Mapa climático como instrumento para o planejamento urbano. Revista Brasileira De Estudos Urbanos E Regionais, 23. https://doi.org/10.22296/2317-1529.rbeur.202108pt

Número

Sección

Artigos - Ambiente, Gestão e Desenvolvimento