Entre a essencialidade e a instrumentalidade do patrimônio: valores institucionais e participação social na gestão da conservação urbana
DOI:
https://doi.org/10.22296/2317-1529.rbeur.202109Palabras clave:
Gestão da Conservação, Conservação Urbana, Valores Patrimoniais, Patrimônio, Participação SocialResumen
Este artigo insere-se no debate contemporâneo acerca da Gestão da Conservação Urbana baseada nos valores patrimoniais. Em vista da dicotomia entre valores essenciais e valores instrumentais, a Conservação tem encontrado entraves associados às missões das instituições que gerem os sítios patrimoniais e aos processos participativos. Quão efetivos se mostram os mecanismos de gestão compartilhada? Para análise dessa problemática, adota-se o Parque Metropolitano Armando de Holanda Cavalcanti, situado na região Nordeste do Brasil, cuja conservação esbarra no conflito entre residentes e gestores, alcançando resultados insignificantes. Analisam-se o processo de tombamento do Parque e os planos de ações elaborados em 2010 e 2018, com o objetivo de identificar como a participação dos entes relacionados ao bem patrimonial tem contribuído para a tomada de decisão. Para lograr êxito nos processos de conservação, há que se alinhar os discursos com as realidades locais e garantir a efetiva participação dos atores envolvidos.
Descargas
Citas
AUSTRÁLIA ICOMOS. The Burra Charter: The Australia ICOMOS Charter for Places of Cultural Significance. Burra: ICOMOS, 2013.
AVRAMI, E. et al. Values in heritage management: emerging approaches and research directions. Los Angeles: The Getty Conservation Institute, 2019.
AVRAMI, E.; MASON, R. Mapping the issue of values. In: AVRAMI, E. et al. Values in heritage management: emerging approaches and research directions. Los Angeles: The Getty Conservation Institute, 2019. p. 9-33.
BELO, S. Depoimento. Cabo de Santo Agostinho: Câmara Municipal do Cabo, 30 maio 2019. Disponível em: https://www.cabodesantoagostinho.pe.leg.br/institucional/noticias/parque-metropolitano-armando-de-holanda-e-tema-de-audiencia-na-camara. Acesso em: 6 set. 2019.
BUCKLEY, K. Heritage work: understanding the values, applying the values. In: AVRAMI, E. et al. Values in heritage management: emerging approaches and research directions. Los Angeles: The Getty Conservation Institute, 2019. p. 50-65.
CÂMARA MUNICIPAL DO CABO DE SANTO AGOSTINHO. Parque Metropolitano Armando de Holanda é tema de audiência na Câmara, 30 maio 2019. Disponível em: https://www.cabodesantoagostinho.pe.leg.br/institucional/noticias/parque-metropolitano-armando-de-holanda-e-tema-de-audiencia-na-camara. Acesso em: 6 set. 2019.
CAPLE, C. Conservation skills: judgement, method and decision making. Abingdon: Routledge, 2000.
CLARK, K. The shift toward values in UK heritage practice. In: AVRAMI, E. et al. Values in heritage management: emerging approaches and research directions. Los Angeles: The Getty Conservation Institute, 2019. p. 66-82.
CONSELHO DA EUROPA. Declaração de Amsterdã de 1975. Tradução: Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Brasília, DF: Iphan, [s.d.]. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/uploads/ckfinder/arquivos/Declaracao%20de%20Amsterda%CC%83%201975.pdf. Acesso em: 30 jun. 2017.
CONSELHO GESTOR DO PMAHC (Cabo de Santo Agostinho). Ata da reunião ordinária, 20 de março de 2018. Cabo de Santo Agostinho, 2018.
DANTAS, R. Suape: uma joia lapidada há quatro décadas. Desenvolvimento, [S.l.], 29 mar. 2013. Disponível em: https://pedesenvolvimento.com/2013/03/29/suape-uma-joia-lapidada-ha-quatro decadas/. Acesso em: 19 jan. 2018.
FÓRUM SUAPE. Fórum se reúne com representante da Unesco em Suape. Fórum em Ação, nº 1, jul. 2016. Disponível em: http://forumsuape.ning.com/profiles/blogs/forum-em-acao-edicao-de-julho-de-2016. Acesso em: 18 fev. 2019.
FUNCEF. Portaria no 1.349, 31 de junho de 2007. Estatuto da Fundação dos Economiários Federais. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 1º ago. 2007. Disponível em: https://www.funcef.com.br/files/estatuto_versao_2012_online.pdf. Acesso em: 22 set. 2020.
FUNDARPE. Processo de tombamento 166/1982: Sítio Histórico do Cabo de Santo Agostinho. Recife: Fundarpe, 1982. Arquivos digitais.
GUIMARÃES, T. de O. Geoconservação: mapeamento, descrição e propostas de divulgação de trilhas geoturísticas no Parque Metropolitano Armando de Holanda Cavalcanti, Cabo de Santo Agostinho-PE, Brasil. 2013. 154 f. Dissertação (Geociências) – Centro de Tecnologia e Geociências, Universidade Federal de Pernambuco. Recife, 2013.
ICOMOS. The Nara Document on Authenticity. Paris: Icomos, 1994. Disponível em: https://www.icomos.org/charters/nara-e.pdf. Acesso em: 2 fev. 2019.
ICOMOS. The Venice Charter for the conservation and restoration of monuments and sites (The Venice Charter 1964). Paris: Icomos, 1965. Disponível em: https://www.icomos.org/charters/venice_e.pdf. Acesso em: 24 maio 2012.
LACERDA, N. Valores dos bens patrimoniais. In: LACERDA, N.; ZANCHETI, S. (org.). Plano de Gestão da conservação: conceitos e métodos. Recife: Centro de Estudos Avançados da Conservação Integrada, 2012. v.1, p. 44-54.
LOPES, D.; MALAFYA, F.; RÊGO, M. Suape/Brasil: impactos no perfil socioeconômico na envolvente do complexo industrial e portuário. Focus, Veneza, n. 32, n.p., dez. 2016. Disponível em: https://portusonline.org/pt/suape-pebrasil-impacts-on-the-socio-economic-profile-in-the-surroundings-of-the-industrial-and-port-complex/. Acesso em: 2 fev. 2020.
MASON, R. Assessing values conservation planning: methodological issues and choices. In: TORRE, M. de la. Assessing the values of cultural heritage. Los Angeles: The Getty Conservation Institute, 2000.
PERNAMBUCO. Plano Estratégico do Parque Metropolitano Armando de Holanda Cavalcanti. Recife: Fidem; Fundarpe; CPRH; Suape; Fade, 2000.
PERNAMBUCO. Decreto no 30.391, de 27 de abril de 2007. Aprova o Regulamento da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco – FUNDARPE, e dá outras providências. Diário Oficial Eletrônico, Recife, PE, 28 abril 2007.Disponível em: https://legis.alepe.pe.gov.br/texto.aspx?tiponorma=6&numero=30391&complemento=0&ano=2007&tipo=&url=. Acesso em: 22 set. 2020.
ROCHA, G. Depoimento. Reunião do Conselho Gestor do PMAHC. Cabo de Santo Agostinho, 2019. Arquivo mpeg. Acervo de Paulo Cunha.
SUAPE. Parceria com a Unesco e a ABC impulsiona ações em Suape. Notícias [web Suape]. 13 mar. 2016. Disponível em: http://www.suape.pe.gov.br/pt/noticias/782-parceria-com-a-unesco-e-a-abc-impulsiona-acoes-em-suape. Acesso em: 10 fev. 2018.
SUAPE. Missão, visão e valores. Mapa estratégico organizacional 2017-2023. Ipojuca: Suape, 2017. Disponível em: http://www.suape.pe.gov.br/pt/institucional/missao-visao-e-valores. Acesso em: 22 set. 2020.
SUAPE. Relatório final da cooperação técnica entre o governo brasileiro e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. Ipojuca: Unesco, 2018. 270 p.
TEUTONICO, M. J. Prefácio. In: AVRAMI, E. et al. Values in heritage management: emerging approaches and research directions. Los Angeles: The Getty Conservation Institute, 2019. p. vii-viii.
THROSBY, D. Heritage economics: coming to terms with value and valuation. In: AVRAMI, E. et al. Values in heritage management: emerging approaches and research directions. Los Angeles: The Getty Conservation Institute, 2019. p. 199-209.
UNESCO. Managing cultural world heritage: Manual resouce. Paris: United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization, 2013. Disponível em: https://whc.unesco.org/en/managing-cultural-world-heritage/. Acesso em: 5 jan. 2020.
ZANCHETI, S.; HIDAKA, L. A declaração de significância de exemplares da arquitetura moderna. Olinda: Centro de Estudos da Conservação Integrada, 2014.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Categorías
Licencia

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Los autores que publican en esta revista aceptan los siguientes términos:
1) Los autores que publican en la RBEUR conservan los derechos sobre su obra y otorgan a la revista el derecho de primera publicación, realizada bajo la Licencia Creative Commons Attribution que permite compartir la obra y asegura el reconocimiento de la autoría y del vehículo de publicación original, la RBEUR.
2) Los autores son libres para publicar y distribuir de forma no exclusiva la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicar en repositorio institucional o como capítulo de un libro), reafirmando la autoría y el reconocimiento del vehículo de publicación original, la RBEUR.