Social networks and resilience in the fight for the right to the city: the Movimento Ocupe Estelita, Recife, Brazil | Redes sociais e resiliência na luta pelo direito à cidade: o Movimento Ocupe Estelita, Recife, Brasil

Autores

  • Edinéa Alcântara Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco, Garanhuns, Pernambuco
  • Fátima Furtado Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Arquitetura e Urbanismo, Recife, Pernambuco
  • Circe Gama Monteiro Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Arquitetura e Urbanismo, Recife, Pernambuco
  • Rubenilda Rosinha Barbosa Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Psicologia, Recife, Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.22296/2317-1529.2016v18n2p255

Palavras-chave:

right to the city, Direitos Urbanos, Movimento Ocupe Estelita, social networks, resilience.

Resumo

Online social networks have played a key role in the struggle for rights and for more sustainable, less unequal cities. In Brazil, this movement is relatively recent, and has tended to increase in the face of threats or crises that might adversely affect the rights, welfare or life of a city’s residents, or the public interest. The Movimento Ocupe Estelita fights against the interests of capital, symbolised by the Projeto Novo Recife, a project destined for the Cais Estelita. The movement started in 2012 and shows signs of resistance and resilience. This article aims to identify the theoretical and empirical basis of this resilience. The research was based on participatory online and offline observation and interviews at the encampment, with a chronology of the occupation process and subsequent campaigns of resistance and struggle. Finally, the movement’s capacity to reinvent itself and grow stronger despite continual disputes is analysed.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Edinéa Alcântara, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco, Garanhuns, Pernambuco

Engenheira civil pela Universidade Federal de Pernambuco (1983), mestre em Gestão e Políticas Ambientais pela UFPE (2001), doutora em Desenvolvimento Urbano no Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Urbano (MDU) da UFPE e pós-doutorado em resiliência de cidades e resiliência de comunidades, no MDU/UFPE. Atuou no setor público municipal e no terceiro setor, em projetos habitacionais, de desenvolvimento urbano e gestão ambiental e em atividades de ensino, treinamento e capacitação. Fellow da Ashoka - Associação Mundial de Empreendedores Sociais Eminentes (2001), fellow do LEAD - Leadership of Environment and Development (2000), e da Ford Motor Company International Fellowship Program of the 92nd Street Y (2004). Coordenou o Plano de Revitalização da Bacia da Lagoa Olho d'Água, Jaboatão dos Guararapes, PE, reconhecido como uma das 100 "Best Practices" para a Conferência Habitat II, em 1996, em Istambul. É professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco - campus Garanhuns, PE. É líder do grupo de pesquisa do CNPq Laboratório de Estudos Socioambientais.

Fátima Furtado, Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Arquitetura e Urbanismo, Recife, Pernambuco

Professora Associada da Universidde Federal de Pernambuco. Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal de Pernambuco (1979), Mestrado em Desenvolvimento Urbano pela Universidade Federal de Pernambuco (1991) e Doutorado em Planning Sudies - University of London (1996). Atualmente é professora associada da Universidade Federal de Pernambuco. Coordena o Laboratório de Estudos Periurbanos (LEPUR), grupo credenciado pelo CNPq desde 2004. Tem experiência na área de Planejamento Urbano e Regional, com ênfase em Técnicas de Planejamento e Projeto Urbanos e Regionais, atuando principalmente nos seguintes temas: planejamento urbano, conservação urbana, requalificação e gerenciamento de sítios históricos, gestão ambiental municipal, indicadores de vulnerabilidade e resiliência urbana, desenvolvimento de áreas periurbanas.

Circe Gama Monteiro, Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Arquitetura e Urbanismo, Recife, Pernambuco

Professora titular do Departamento de Arquitetura da UFPE. Graduada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Paraná (1977), possui mestrado em Planejamento Urbano e Regional pela COPPE -Universidade Federal do Rio de Janeiro (1979) e doutorado em Sociologia Urbana na University of Oxford (1989). Desenvolveu estágios de pós-doutorado na Bartlett School of Architecture - UCL, London (1995) e Faculty of Architecture da University of Sydney, Australia (2005). Atualmente coordena o Lattice - Laboratório de Tecnologias de Investigação da Cidade, formado por pesquisadores de diversas áreas disciplinares que focalizam o desenvolvimento de metodologias de pesquisa visando a análise e a avaliação da experiencia da vida na nos diversos lugares da cidade. Integra o grupo de coordenadores do InCiti/UFPE resposnsável pellos estudos de urbanização e pelo Projeto do Parque Capibaribe em 30km de margens do Rio Capibaribe no Recife.Dentre suas linhas de pesquisas encontram-se avaliações de espaços públicos, identificação de fatores determinantes da experiencia de moradia em areas pobres, em conjuntos habitacionais, bairros de classe média e em areas históricas centrais; a determinação da metodologia de identificação de perfis espaciais urbanos no estudo de criminalidade; o mapeamento de crimes e identificação de padrões de ocorrências, alem de outros estudos sobre arquitetura, morfologia e cultura urbana. Atualmente participa de vários comites cientificos de avaliação de projetos e conselhos editoriais nacionais e internacionais.

Rubenilda Rosinha Barbosa, Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Psicologia, Recife, Pernambuco

Possui graduação em Psicologia (1976) pela Universidade Federal de Pernambuco, especializações em (1) Teorias da Psicologia Clínica (1978) pela Universidade Federal de Pernambuco e em (2) Terapia Sistêmica Integrativa (1999) pela Universidade Federal do Ceará, mestrado (1988) e doutorado (2007) em Antropologia Cultural pela Universidade Federal de Pernambuco, e Pós doutorado (2011) pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Atualmente é professora adjunta do departamento de Psicologia da Universidade Federal de Pernambuco. Nesta desenvolve atividades de ensino, pesquisa e extensão em Psicologia Comunitária e da Saúde, atuando nas áreas de: Formação/capacitação de agentes de saúde mental comunitários (as), Atenção primária e promoção da saúde mental, Solidariedade, religiosidade/espiritualidade e resiliência, vulnerabilidade sócio ambiental e resiliência comunitária.

Referências

ADGER, W. Social and ecological resilience: Are they related? Progress in Human Geography, 24, 347–364. 2000.

AUTOR; BEECH, AUTOR; LANCELLOTTI, A.; CAZUZA, L. Cyberactivsm in the struggle for more sustainable cities – a resource for urban social resilience? In: Anais do Joint AESOP/ACSP (Association of European Schools of Planning) Congress Dublin 2013 – Planning for Resilient Cities and Regions, Dublin, Irlanda. “s.n.”, “s.l.”, “s.d.” 2013.

AUTOR; AUTOR; AUTOR; LANCELLOTTI. Vulnerabilities and resilience of communities living in circumstances of risk. In: MIRA, R.G.; DUMITRU, A. (org.) Urban Sustainability: Innovative spaces, vulnerabilities and opportunities. Xoan Vicente Viqueira Institute for Psychosocial Studies and Research. Deputación da Coruña, IAPS International Association People-Environment Studies, 2014.

AUTOR. Empatando tua Vista: humor e irreverência para criticar a verticalização excessiva nas cidades. Disponível em https://direitosurbanos.wordpress.com/2014/02/27/empatando-tua-vista-humor-e-irreverencia-para-criticar-a-verticalizacao-excessiva-nas-cidades/, [Consultado em 14-12-2014]. 2014

BONANNO, G. Loss, trauma, and human resilience: Have we underestimated the human capacity to thrive after extremely aversive events? American Psychologist, 59. p. 20–28. 2004.

BROWN, D., & KULIG, J. The concept of resiliency: Theoretical lessons from community research. Health and Canadian Society, 4. 1996/97. p. 29–52.

BUSTAMANTE, J. Communicative power, digital ecosystems and digital citizenship. In: Silveira, S. A. Cidadania e redes digitais – Citizenship and digital networks (org.). 1a ed. São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil, Maracá – Educação e Tecnologias, 2010. p. 11-36. [online] Disponível em http://www.readbag.com/cidadaniaeredesdigitais-br-files-livro, [Consultado em 09-06-2013]. 2010.

BUTLER L.; MORLAND L.; LESKIN, G. Psychological resilience in the face of terrorism. In B. Bongar, L. Brown, L. Beutler, J. Breckenridge, & P. Zimbardo (Eds.), Psychology of terrorism. NY: Oxford University Press. 2007. p. 400–417.

CALDEIRA, T. Cidade de Muros: Crime, Segregação e Cidadania em São Paulo. São Paulo: EDUSP, 2000.

CASTELLS, M. Redes de Indignação e Esperança – Movimentos Sociais na Era da Internet. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.

GANOR, M., & BEN-LAVY, Y. Community resilience: Lessons derived from Gilo under fire. Journal of Jewish Communal Service, Winter/Spring. p. 105–108. 2003.

GODSCHALK, D. Urban hazard mitigation: Creating resilient cities. Natural Hazards Review, 4. 136–143. 2003.

GROTBERG, E. Introdução: novas tendências em resiliência. In: Melillo, A.; Ojeda, E. S. (org). Resiliência: descobrindo as próprias fortalezas. Porto Alegre: Artmed. 2005.

HARVEY, D. Cidades Rebeldes: do direito à cidade à revolução urbana. Tradução Jeferson Camargo. São Paulo: Martins Fontes – selo Martins, 2014.

IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. MUNIC Perfil dos municípios brasileiros, [online] Disponível em http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=2260&id_pagina=1, [Consultado em 02-06-2012]. 2011.

JACOBS, J. The Death and Life of Great American Cities. Nova York: Tne Modern Library Edition, 1993.

KOTLIARENCO, M. A. et all. Estado de arte em resiliência. Washington DC, OPS/OMS, Fundacion Kellog, CEANIM, 1997.

LANDAU, J.; SAUL, J. Facilitando a Resiliência da Família e da Comunidade em Resposta a Grandes Desastres. Pensando Famílias nº4, ano 4. 2002. p. 56-78.

LEFEBVRE, H. El Derecho a la Ciudad. Prologo de Mario Gaviria. Barcelona: Edicions 62, s/a, 1973.

MELILLO, A.; OJEDA, E. S. (org). Resiliência: descobrindo as próprias fortalezas. Artmed, 2005.

MELILLO, A. Prefácio. In: MELILLO, A.; OJEDA, E. S. (org.). Resiliência: descobrindo as próprias fortalezas. Porto Alegre: Artmed, 2005.

NORRIS, F. H.; Stevens, S. P; PFEFFERBAUM, B.; WYCHE, K. F.; PFEFFERBAUM, R. L. Community Resilience as a Metaphor, Theory, Set of Capacities, and Strategy for Disaster Readiness. American Journal of Community Psychology. Volume 41. N.1-2. 127–150. 2008.

OJEDA, E. S. Uma Concepção Latino-americana: a resiliência comunitária. In: MELILLO, A.; OJEDA, E. S. (org). Resiliência: descobrindo as próprias fortalezas. Porto Alegre: Artmed, 2005.

OJEDA, E. N.; AUTLER, L. La resiliencia em la comunidad: um enfoque social. In: GROTBERG, E. H. (comp.) La resiliencia em el mundo de hoy: cómo superar las adversidades. Gedisa editorial: Barcelona, 2006.

RAVAZZOLA, M. C. Resiliências Familiares. In: MELLILO, A.; OJEDA, E. S. (org). Resiliência: descobrindo as próprias fortalezas. Porto Alegre: Artmed, 2005.

RIBEIRO, L. C. Q. (coord.). Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT), FINEP, UFPE, MDU. IBEU – Índice de Bem-Estar Urbano. Rio de Janeiro: INCT, CNPq/FAPERJ/CAPES, Observatório das Metrópoles. Disponível em http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&ved=0CDEQFjAB&url=http%3A%2F%2Fwww.observatoriodasmetropoles.net%2Fdownload%2Findice_bem_estar_urbano.pdf&ei=t_Q2Upe6NY7Y8gTXiYHoDw&usg=AFQjCNHtw9nadrxOKVsP9rH3DL0aC09Lhw&bvm=bv.52164340,d.eWU, [Consultado em 16-09-2013]. 2010.

RODRIGUEZ, D. O humor como indicador de resiliência. In: Melillo, A.; Ojeda, E. S. (org). Resiliência: descobrindo as próprias fortalezas. Porto Alegre: Artmed, 2005.

SONN, C.; FISHER, A. Sense of community: Community resilient responses to oppression and change. Journal of Community Psychology, 26. pp. 457–472. 1998.

VANISTENDAEL, S. Cómo crecer superando los percances, resiliencia: capitalizar las fuerzas del individuo. Ginebra: BICE, 1995.

VANISTENDAEL, S; ELCOMTE, J. Resiliencia y sentido de vida. In MELLILO, SUAREZ -OJEDA e RODRIGUEZ (comps.) Resiliencia y Subjetividad: los ciclos de la vida. Buenos Aires: Paidós Tramas sociales 30. 2003.

WALKER, B.; HOLLING, C.; CARPENTER, S. KINZIG, A. Resilience, adaptability and transformability in social–ecological systems. Ecology and Society, 9 (2), 5. 2004.

WALSH, F. Fortalecendo a Resiliência Familiar. São Paulo: Roca, 2005.

Downloads

Publicado

30-08-2016

Como Citar

Alcântara, E., Furtado, F., Monteiro, C. G., & Barbosa, R. R. (2016). Social networks and resilience in the fight for the right to the city: the Movimento Ocupe Estelita, Recife, Brazil | Redes sociais e resiliência na luta pelo direito à cidade: o Movimento Ocupe Estelita, Recife, Brasil. Revista Brasileira De Estudos Urbanos E Regionais, 18(2), 255. https://doi.org/10.22296/2317-1529.2016v18n2p255

Edição

Seção

Artigos | Articles: Cidades e insurgências: novos e velhos conflitos, agências e direitos