Mulheres em ação e categorias em movimento: a luta pelo território na Comunidade Ribeirinha do Porto do Capim
DOI:
https://doi.org/10.22296/2317-1529.rbeur.202125Palavras-chave:
Gênero, Território, Identidade, Patrimônio cultural, MemóriaResumo
Esse artigo procura levantar algumas reflexões em relação ao protagonismo da Associação de Mulheres do Porto do Capim na luta do território para fins de moradia. O debate envolve questões relacionadas ao direito à cidade através do agenciamento de noções de identidade, memória e patrimônio cultural, conduzida pelos moradores locais. Contudo, são as mulheres, organizadas politicamente, que estão à frente dos embates travados com o poder público. Procura-se mostrar em que medida um movimento de mulheres, ainda que não levante bandeiras feministas, é capaz de tencionar as estruturas do patriarcado ao negarem a possibilidade de remoção da comunidade e de propor formas alternativas de intervenções no território que garantam a manutenção do cotidiano das famílias, levando em conta a localização e mobilidade urbana, a instalação de serviços públicos de saúde e educação, de saneamento básico e qualificações dos espaços de uso coletivo do bairro.
Downloads
Referências
AUAD, D.; SOUZA, R. Territórios e Feminismos: Gênero, classe e raça na vida das mulheres. In: ENCONTRO NACIONAL DE GEÓGRAFOS, 2016, São Luís do Maranhão. Anais do XVIII Encontro Nacional de Geógrafos. Maranhão: 2016.
ASSAD, P. Povo de ilha: Dinâmica territorial, identidade e tradição de conhecimentos no Porto do Capim. 2017. 135 f. Dissertação (Mestrado em Antropologia). – Centro de Ciências Aplicadas e Educação, Universidade Federal da Paraíba, 2017.
BUTLER, J. Problemas de gênero. Feminismo e subversão da Identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
DAS, V. Life and Words: Violence and the Descent into the Ordinary. Berkeley, CA: Univeristy of California Press, 2007.
GONÇALVES, H. O Porto e a Casa: Dinâmicas de transformação no uso dos espaços do centro histórico de João Pessoa (PB). 2014. 179 f. Dissertação (Mestrado em Preservação do Patrimônio Cultural) – Iphan, Rio de Janeiro, 2014.
HALL, S. Identidade Cultural e Diáspora. Revista do Patrimônio, n. 24, Cidadania, p. 68-76, 1996.
HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
HALL, S. Da Diáspora: identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: UFMG, 2008.
HELENE, D. Gênero e direito à cidade a partir da luta dos movimentos de moradia. Cadernos da Metrópole. São Paulo. v. 21, n. 46, p. 951-974, set/dez 2019.
JOFFILY, J. Porto Político. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1983.
MINISTÉRIO DA CULTURA. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Processo de Tombamento nº 1.501-T-02: “Centro Histórico de João Pessoa, Estado da Paraíba”. João Pessoa: IPHAN, 2002.
NAKAMURA, E.; SILVA, C. O contexto da pandemia de covid-19: desigualdades sociais, vulnerabilidade e caminhos possíveis. In: GROSSI, M.; TONIOL, R. (Org). Cientistas sociais e o coronavírus. São Paulo: ANPOCS; Florianópolis: Tribo Ilha, 2020, p. 160-165.
ROLNIK, R. Como fazer valer o direito das mulheres à moradia? São Paulo: Labcidade, FAU-USP, 2011.
SCOCUGLIA, J. Revitalização Urbana e (Re)Invenção do Centro Histórico da Cidade de João Pessoa. João Pessoa: Ed. Universitária da UFPB, 2004.
SCOCUGLIA, J. Imagens da Cidade: patrimonilização, cenários e práticas sociais. João Pessoa: Ed. Universitária da UFPB, 2010.
TAVARES, A. Movimento feminista em disputa: paradoxos entre discursos nacionais e práticas regionais acerca do tema da prostituição no Brasil. In: VALDIVIESO, M. (Org). Movimientos de mujeres y lucha feminista em America Latina y el Caribe. Buenos Aires: Clacso, 2016, p. 17-72.
TSING, A. Frictions. An Ethnography of Global Conection. Princeton: University Press, 2005.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores/as que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores/as que publicam na RBEUR mantêm os direitos sobre a sua obra e concedem à revista o direito de primeira publicação, realizada sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho e assevera o reconhecimento da autoria e do veículo de publicação original, a RBEUR.
2. Autores/as têm liberdade para publicação e distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), reafirmando a autoria e o reconhecimento do veículo de publicação original, a RBEUR.