Apontamentos sobre a Maré: uma compreensão
DOI:
https://doi.org/10.22296/2317-1529.2007v9n1p53Palavras-chave:
favelas, áreas periféricas, segregação espacial, projetos urbanos.Resumo
Em quadro marcado pelo fim da política de erradicação de favelas e permanência de moradores em assentamentos de baixa renda localizados em áreas próximas e disputadas dos centros urbanos das grandes cidades do país, aprimoram-se estratégias espaciais para lidar com estas desconfortantes proximidades. Este texto pretende explorar formas espaciais e dispositivos arquitetônicos e territoriais consolidados em nossa realidade, que tratam da incômoda presença de bolsões de pobreza inseridos em importantes áreas das cidades. Traduzem-se em mecanismos de afastamento, invisibilização, distanciamento, confinamento e isolamento dessas áreas em relação aos bairros vizinhos. A sistematização destes padrões apontados pela literatura envolvendo realidades de outras cidades se deu a partir da observação das relações do bairro da Maré (Rio de Janeiro) com suas áreas de entorno, a partir de aportes microfísicos durante os anos de expansão, reformulando seu papel e importância no contexto da cidade.
Downloads
Referências
BENETTI, P .C. Violência e projeto urbano em favelas. Vitruvius, Arquitextos nº 48, maio 2004.
CALDEIRA, T. P. Cidade de muros: crime, segregação e cidadania em São Paulo. São Paulo: Editora 34/Edusp, 2000.
CEASM. Quem somos? Quantos somos? O que fazemos? A Maré em dados: Censo 2000.Ano 2003.
DAVIS, M. Ecology of fear: Los Angeles and the imagination of Disaster. New York: Vintage Books. A Division of Random House, Inc., 1999.
DUARTE, C.; SILVA, O. L.; BRASILEIRO, A. (Orgs.) Favela, um bairro: propostas metodológicas para intervenção pública em favelas do Rio de Janeiro. São Paulo: Pró-Editores, 1996.
ELLIN, N. Shelter from the storm or form follows fear and vice versa. In: ELLIN, N. (Ed.) Architecture of fear. New York: Princenton Architectural Press, 1997.
FLUSTY, S. Building Paranoia. In: ELLIN, N. (Ed.). Op. cit. JACQUES, P. B. Cartografias da Maré. In: VARELLA, D., BERTAZZO; I, JACQUES, P.B. Maré, vida na favela. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2002, p.13-59.
MARCUSE, P. Walls of Fear and Walls of Support. In: ELLIN, N. Op. cit.
PUENTE, P.; SEPULVEDA, R.; TORRES, E.; TAPIA, R. Seguridad residencial y comunidad: factores incidentes en la seguridad ciudadana en habitat residenciales pobres. Evaluación y propuesta. Facultad de Arquitectura y Urbanismo – Instituto de la Vivienda – Facultad de Ciências Sociales – Departamento de Sociologia – Universidad de Chile. Santiago: LOM Ediciones Ltda, 1999.
SANTOS, C. N.; VOGEL, A. (Coord.) Quando a rua vira casa. A apropriação de espaços de uso coletivo em um centro de bairro. São Paulo: Projeto, 1985. 3ª edição.
SILVA, J. S. Por que uns e não outros? Caminhada de jovens pobres para a universidade. Rio de Janeiro: 7 letras, 2003.
SILVA, S. M. S. Espaço favela – o Projeto Rio e a Favela da Maré. Dissertação de Mestrado. Rio de Janeiro: PUR/UFRJ, 1984.
SORKIN, M. (Ed.) Variations on a theme park. The New American City and the End of Public Space. New York: Hill and Wang, 1992.
VALLADARES, L. P. Passa-se uma casa: análise do programa de remoção de favelas do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2017 Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores/as que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores/as que publicam na RBEUR mantêm os direitos sobre a sua obra e concedem à revista o direito de primeira publicação, realizada sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho e assevera o reconhecimento da autoria e do veículo de publicação original, a RBEUR.
2. Autores/as têm liberdade para publicação e distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), reafirmando a autoria e o reconhecimento do veículo de publicação original, a RBEUR.