O emprego industrial metropolitano e a nova divisão espacial do trabalho no Brasil

Autores

  • Rosélia Piquet Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.22296/2317-1529.2000n3p97

Palavras-chave:

localização industrial, organização territorial, regiões metropolitanas, mercado de trabalho.

Resumo

O texto apresenta e analisa as mudanças na estrutura industrial das Regiões Metropolitanas de Fortaleza, Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo, decorrentes das novas condições de competitividade em que se insere o País no presente. No levantamento empírico elaborado, utiliza-se o emprego formal como indicador da estrutura industrial. Os dados foram extraídos da Relação Anual de Informações Sociais – Rais, Ministério do Trabalho, em relação ao período 1986-1996, e sua interpretação baseia-se nos campos de análise da localização industrial, das cadeias produtivas, da competitividade empresarial e, ainda, da organização espacial da produção. O que se procura mostrar é que a maior abertura internacional e a fragmentação das cadeias produtivas têm fortalecido especializações regionais geradoras de focos dinâmicos, mesmo em áreas tidas como regiões-problema. As novas localizações, contudo, só se verificam nos segmentos mais leves da indústria, de menor densidade de capital e mais intensivos em mão-de-obra.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ACSELRAD, H. “Ajuste produtivo e matrizes ocupacionais regionais na indústria brasileira: 1989-1994”. Série Estudos e Debates, IPPUR/UFRJ, n. 18, jan. 1997, 1997.

AMADEO, E., SCANDIUZZI, J. C., PERO, V. Ajuste empresarial, empregos e terceirização. Economia Política, vol. 16, n. 1 (61), p. 21-36, jan.-mars 1996.

ARAÚJO, T. B. “Dinâmica regional brasileira nos anos 90: rumo à desintegração competitiva?” In: CASTRO, I. MIRANDA, M., EGLER.C. (Orgs). Redescobrindo o Brasil. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999.

BALTAR, P., DEDECCA, C., HENRIQUE, W. “Mercado de trabalho e exclusão social no Brasil”. In: MATTOSO, J. (Org.). Crise e trabalho no Brasil — modernidade ou volta ao passado? São Paulo: Scritta, 1996.

CASTEL, R. “As metamorfoses do trabalho”. In: FIORI, J. L., LOURENÇO, M. S., NORONHA, J. C. (Orgs). Globalização: o fato e o mito. Rio de Janeiro: EDUERJ, 1998.

CASTRO, A. B. “Limitações e potencialidades da nova safra de investimentos”. In: MINERIO, A. S., ELIAS, L. A., BENJAMIM, C. (Orgs). Visões da Crise.Rio de Janeiro: Contraponto, 1998.

CLARK, C. A. The conditions of economic progress. Londres: Macmilan, 1940.

FLEURY, P., ARKADER, R. “Ameaças, oportunidades e mudanças — trajetórias de modernização industrial no Brasil”. In: CASTRO, A. B., POSSAS, M. L., PROENÇA, A.(Orgs). Estratégias empresariais na indústria brasileira — discutindo mudanças. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1997.

GUIMARÃES NETO, L. Desigualdades e políticas regionais no Brasil. Planejamento e Políticas Públicas, n. 15, p. 41-96, jun 1997.

HAGUENAUER, L. et al. “Competição e internacionalização na indústria brasileira”. In: BAUMANN, R. (Org.). O Brasil e a economia global. Rio de Janeiro: Campus/SOBEET, 1996.

KON, A. “Sobre as atividades de serviços: revendo conceitos e tipologias”. Economia Política, v. 19, n. 2 (74), p. 64-83, abr-jun 1999.

MASSEY, D. Spatial division of labour: social structures and geography of production. Londres: MacMillan, 1984.

MATTOSO, J. E., OLIVEIRA, C. A. (Org.). Crise e trabalho no Brasil — modernidade ou volta ao passado? São Paulo: Scritta, 1996.

PACHECO, C. E. Fragmentação da Nação, São Paulo: UNICAMP/IE, 1998.

PIQUET, R. “O parque industrial metropolitano do Rio de Janeiro ganha novo perfil e emprega menos”. In: PIQUET, R. (Org.). Rio de Janeiro: perfis de uma metrópole em mutação. Rio de Janeiro: IPPUR/UFRJ, 2000.

SÁNCHEZ, J.-E. “Metropolização e modernidade”. In: SANTOS, M. et al. Fim de século e globalização. São Paulo: HUCITEC-ANPUR, 3 ed., 1997.

SANTOS, M. “A grande crise já se instalou”. In: MINERIO, A. S., ELIAS, L. A., BENJAMIM, C. (Orgs). Visões da crise. Rio de Janeiro: Contraponto, 1998.

SCOTT, A. “A economia metropolitana — organização industrial e crescimento urbano”. In: BENKO, G., LIPIETZ, A. (Orgs.). As regiões ganhadoras: distritos e redes, Portugal, 1994.

SINGER, P. Globalização e desemprego — diagnóstico e alternativas, São Paulo: Contexto, 1998.

SOJA, E. Geografias pós-modernas — a reafirmação do espaço na teoria social crítica. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993.

VERMULM, R. “Estrutura industrial brasileira”. In: PENNA, J. C. (Org.). Em busca do futuro: a competitividade no Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

Publicado

30-11-2000

Como Citar

Piquet, R. (2000). O emprego industrial metropolitano e a nova divisão espacial do trabalho no Brasil. Revista Brasileira De Estudos Urbanos E Regionais, (3), 97. https://doi.org/10.22296/2317-1529.2000n3p97

Edição

Seção

Artigos