Consumo alimentar na periferia da metrópole em fragmentação: diferenças e desigualdades em São Paulo (SP)
DOI:
https://doi.org/10.22296/2317-1529.rbeur.202506Palavras-chave:
Desigualdades socioespaciais, Diferenciação socioespacial, Direito à cidade, Espaço metropolitano, Segurança alimentar e nutricional, Desertos alimentares, Sistemas alimentares urbanosResumo
Analisam-se, neste artigo, desigualdades e diferenças concernentes ao consumo alimentar na metrópole de São Paulo, considerando a lógica socioespacial fragmentária como marco teórico. Focalizando os territórios de Cidade Tiradentes e Pinheiros, considera-se a distribuição desigual de alimentos frescos e minimamente processados em relação às práticas cotidianas de consumo. A pesquisa, de caráter qualiquantitativo e cartográfico, evidencia que a expansão de redes supermercadistas na periferia, embora intensifique a policentralidade, não mitiga a insegurança alimentar, perpetuando a predominância de alimentos ultraprocessados. Observa-se uma maior quantidade, diversidade e qualidade dos estabelecimentos em Pinheiros, enquanto em Cidade Tiradentes há a dependência de formatos como atacarejos, bem como características de desertos alimentares. As narrativas dos citadinos demonstram como renda, mobilidade e situação geográfica impactam as escolhas alimentares, reforçando as disparidades socioespaciais. Conclui-se que há urgência de políticas públicas que promovam equidade no acesso a alimentos saudáveis, integrando a segurança alimentar ao direito à cidade, destacadamente no atual contexto do processo de fragmentação socioespacial.
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