O Museu de Arte Contemporânea de Niterói, RJ: uma estratégia de promoção da imagem da cidade

Autores

  • Joana Sarmet Cunha Bruno FAU-UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.22296/2317-1529.2002v4n1-2p91

Palavras-chave:

planejamento urbano, marketing de cidades, produção de imagens, políticas culturais, novos museus.

Resumo

Esse artigo discute o papel da cultura nos atuais projetos de renovação urbana, analisando o uso contemporâneo dos novos museus na tentativa de promover uma imagem positiva para as cidades. Trata-se de estudar o papel dos equipamentos culturais no desenvolvimento urbano, visando uma elevação geral no prestígio e no capital simbólico das cidades, bem como na auto-estima e no sentimento de pertencimento da população local. Para tal, analisaremos um dos casos mais paradigmáticos em que o museu se torna símbolo, “marca registrada” da cidade em que ele foi construído: o Museu de Arte Contemporânea de Niterói, RJ. Assim, o estudo está voltado para os efeitos do MAC sobre a cidade de Niterói, abordando a relação entre urbanismo e cultura.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ADORNO, T. W. A Indústria Cultural: O esclarecimento como mistificação das massas. In: ADORNO, T. W.; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985. p.113-56.

ANTUNES, L. MAC, uma das sete novas maravilhas mundiais – Museu de Arte Contemporânea de Niterói ganhou o título de uma conceituada revista americana de turismo. O Globo, Rio de Janeiro, p.33, 26 de março de 2000.

ARANTES, O. B. F. Os novos museus. In: ARANTES, O. B. F. O lugar da arquitetura depois dos modernos. São Paulo: Edusp. p.232-46.

ARANTES, O. B. F. Urbanismo em fim de linha. São Paulo: Edusp, 1998.

ARANTES, O. B. F. Uma estratégia fatal – A cultura nas novas gestões urbanas. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL ESPAÇOS URBANOS E EXCLUSÃO SÓCIO-ESPACIAL. PRÁTICAS DE INCLUSÃO. São Paulo, FAU-USP, 4/6 nov. de 1998.

ARANTES, O.; VAINER, C.; MARICATO, E. A cidade do pensamento único: desmanchando consensos. Petrópolis: Vozes, 2000.

BAUDRILLARD, J. A sociedade de consumo. Lisboa: Edições 70, 1991.

BAUDRILLARD, J. The Ecstasy of Communication. In: FOSTER, H. (Ed.). The Anti-Aesthetic: Essays on Postmodern Culture. Seattle: Bay Press, 1983. p.126-34.

BENJAMIN, W. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica. In: BENJAMIN, W. Obras escolhidas. 3.ed. São Paulo: Brasiliense, 1987. v.1, p.165-96.

BIANCHINI, F.; PARKINSON, M. Cultural Policy and Urban Regeneration – The West European Experience. Manchester: Manchester University Press, 1993.

BOYER, M. C. Cities for Sale: Merchandising History at South Street Seaport. In: SORKIN, M. (Ed.). Variations on a theme park – The new American city and the end of public space. Nova York: Hill and Wang, 1994. p.181-204.

BUTCHER, I. O MAC é pop – Os cinco anos de sucesso do museu que virou símbolo de Niterói. Veja Rio, ano 11, n.34, p.6, agosto/setembro de 2001.

COELHO, T. O que é indústria cultural. São Paulo: Brasiliense, 1985.

COELHO, T. Dicionário crítico de política cultural. São Paulo: Iluminuras, 1999.

CUCHE, D. A noção de cultura nas ciências sociais. Bauru: Edusc, 1999.

DEBORD, G. A sociedade do espetáculo. Rio de Janeiro: Contraponto, 1997.

FARIA, H. A cultura como desafio. Le Monde Diplomatique, n.2, p.43-6, janeiro de 2001. (Edição Especial.)

FEATHERSTONE, M. Cultura de consumo e pós-modernismo. São Paulo: Studio Nobel, 1995.

FERRAN, M. de N. S. Participação, política cultural e revitalização urbana nos subúrbios cariocas: o caso das Lonas Culturais. Rio de janeiro, 2000. Dissertação (Mestrado) – UFRJ/Prourb.

FOSTER, H. Arte contemporânea e espetáculo. In: FOSTER, H. Recodificação, arte, espetáculo, política cultural. São Paulo: Casa Editorial Paulista, 1996. p.115-35.

FOSTER, H. Postmodernism: A Preface. In: FOSTER, H. (Org.). The Anti-Aesthetic: Essays on Postmodern Culture. Seattle: Bay Press, 1983. p.ix-xvi.

GARDNER, J. Cultura ou lixo? Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1996.

HUYSSEN, A. Escapando da amnésia – O museu como cultura de massa. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Rio de Janeiro, n.23, p.34-57, 1994.

HUYSSEN, A. Memórias do Modernismo. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 1996.

HUYSSEN, A. Seduzidos pela memória: arquitetura, monumentos, mídia. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2000.

HOLLANDA, H. B. de; RESENDE, B. (Orgs.). Artelatina: cultura, globalização e identidades cosmopolitas. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2000.

JAMESON, F. Pós-Modernismo – A lógica cultural do capitalismo tardio. São Paulo: Ática, 1997.

JAMESON, F. Espaço e imagem: teoria do pós-moderno e outros ensaios. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 1995.

JAMESON, F. Postmodernism and Consumer Society. In: FOSTER, H. (Org.). The Anti-Aesthetic: Essays on Postmodern Culture. Seattle: Bay Press, 1983. p.111-25.

JEUDY, H. P. Memórias do social. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1990.

KLEIN, N. New Branded World. In: KLEIN, N. No Logo. Londres: Flamingo, 2000. p.3-61.

KLEIN, N. The Brand Expands: How the Logo Grabbed Center Stage. In: KLEIN, N. No Logo. Londres: Flamingo, 2000. p.3-61.

LOPES, J. T. A cidade e a cultura. Um estudo sobre práticas culturais urbanas. Porto: Edições Afrontamento/Câmara Municipal do Porto, 2000.

MANDARINO, A. Maravilha do mundo moderno – Revista americana coloca o MAC entre as maiores atrações turísticas. O Fluminense, Niterói, 2º Caderno, p.1 e 2, 3 de abril de 2000.

MARTINS, I. de L.; KNAUSS, P. (Orgs.). Cidade múltipla: temas da história de Niterói. Niterói: Niterói Livros, 1997.

MONTANER, J. M. Nuevos Museos – Espacios para el Arte y la Cultura. Barcelona: Editorial Gustavo Gili, 1990.

MONTANER, J. M. Museu contemporâneo: lugar e discurso. Projeto, São Paulo, n.144, p.34-41, s.d.

PEREIRA, M. Maravilhas da Era Moderna – Americanos elegem as sete novas belezas mundiais. O Globo, Rio de Janeiro, p.8, 4 de maio de 2000.

RIBEIRO, A. C. T.; GARCÍA, F. S. City Marketing: a nova face da gestão da cidade no final de século. In: XIX ENCONTRO ANUAL DA ANPOCS. Caxambu – MG, 17 a 21 de outubro de 1995.

RIEGL, A. El culto moderno a los monumentos. Madri: Visor, 1999.

SÁNCHEZ, F. Políticas urbanas em renovação: uma leitura crítica dos modelos emergentes. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, São Paulo, n.1, p.115-32, maio 1999.

SEGRE, R. Oscar Niemeyer na baía de Guanabara: formas puras em contraste com a exuberância de natureza tropical. Projeto, São Paulo, n.202, p.34-44, nov. 1996.

SOARES, S. B. Três momentos-síntese. Projeto, São Paulo, n.144, p.62-3, s.d.

VAZ, L. F.; JACQUES, P. B. Reflexões sobre o uso da cultura nos processos de revitalização urbana. Prourb – FAU – UFRJ, dez. 2000.

ZEIN, R. V. Museus em sete versões. Projeto, São Paulo, n.144, p.42-8, s.d.

ZEIN, R. V. Duas décadas de arquitetura para museus. Projeto, São Paulo, n.144, p.30-3, s.d.

ZUKIN, S. A Museum in the Berkshires. In: ZUKIN, S. The Cultures of Cities. Oxford: Blackwell, 1995. p.79-108.

Publicado

2002-05-31

Como Citar

Bruno, J. S. C. (2002). O Museu de Arte Contemporânea de Niterói, RJ: uma estratégia de promoção da imagem da cidade. Revista Brasileira De Estudos Urbanos E Regionais, 4(1/2), 91. https://doi.org/10.22296/2317-1529.2002v4n1-2p91

Edição

Seção

Artigos