Significados locais da colonização interna no norte mato-grossense
DOI:
https://doi.org/10.22296/2317-1529.rbeur.202101Palabras clave:
colonização, agronegócio, soja, honra, etnicidadeResumen
A consolidação do meio-norte do Mato Grosso como área destacada na produção de soja foi consequência da política de “modernização da agricultura” promovida pelo regime militar nos anos 1970. A rápida transformação da paisagem florestal em lavouras ocorreu como parte de um programa oficial de colonização que arregimentou boa parte de seus agentes em “áreas coloniais” do sul do Brasil habitadas por imigrantes europeus desde o início do século XIX. A análise está baseada em um estudo etnográfico sobre famílias de colonos de trajetórias ascendentes que reivindicam para si o protagonismo na fundação de uma “nova sociedade” na fronteira. O objetivo do artigo é problematizar categorias relacionadas à honra pioneira e sua relação com formas de classificação por origem ou identidade regional: “gaúcho”, “cuiabano” e “maranhense”. O conteúdo etnográfico demonstra como as formas locais de hierarquização social mobilizam princípios da colonialidade do poder que estrutura historicamente o projeto de sociedade nacional.
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