Eixo Monumental de Brasília: a obsessão da integração

Authors

  • Brasilmar Ferreira Nunes Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Direito (PGSD) da Universidade Federal Fluminense, Niteroi, Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.22296/2317-1529.2009v11n2p139

Abstract

Procuramos no presente texto fazer uma análise do impacto do novo museu e da biblioteca pública, construídos no Eixo Monumental de Brasília, que complementam parte da proposta original de Lucio Costa de um corredor cultural para atender algumas funções de cidade-capital. A análise é de cunho intraurbano, visto que procura captar as implicações destes novos artefatos na vida cotidiana dos moradores do Distrito Federal (DF) e no uso que se abre para uma subárea até então relativamente ociosa dentro do Plano Piloto. Nossa hipótese é de que a sua construção, na medida em que amplia e diversifica o seu uso, torna o espaço acessível a outros grupos sociais e produz alterações na apropriação do Plano Piloto pela população do DF como um todo, consolidando cada vez mais a cidade projetada. A nova acessibilidade ao espaço provocada pelos seus novos elementos constitutivos nos permitirá decodificar a dinâmica e o processo de apropriação deste território. Para tanto, faremos um estudo etnográfico a fim de percebera expansão da influência de outros grupos no espaço até então restrito do Eixo Monumental, num esforço de retomada crítica do conceito de segregação socioespacial.

 

Downloads

Download data is not yet available.

References

CATTEDRA, R.; MEMOLI, M. La réappropriation du patrimoine symbolique du centre historique de Naples. In: BIDOU-ZACHARIASEN, C. (org.). Retours em Ville. Paris: Descartes, 2003.

CORREIO BRAZILIENSE. Lucio Costa: o legado do humanista. 13.06.2008.

COSTA, L. Brasília revisitada. Diário Oficial do DF , 14.10.1987.

COSTA, L. Brasília: a cidade que inventei (Relatório do Plano Piloto de Brasília). Brasília: Codeplan/GDF, 1991.

COUTINHO, E. O espaço da arquitetura. Recife: UFPE, 1970.

FORQUET, F.; MURAND, L. Les équipements du pouvoir: villes, territoires et équipements collectifs. Paris: Union Générale d’Editions, 1973.

GIDDENS,A. Aestruturade classes das sociedades avançadas.Rio de Janeiro: Zahar,1976.

HOLANDA, F. O espaço de exceção. Brasília: EDUnB, 2002.

HOLANDA, F. Arquitetura sociológica. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, v.9, n.1, Anpur, 2007.

HOLANDA, F . De vidro e concreto: relações espaço interno x espaço externo na arquitetura de Oscar Niemeyer. Brasília, 2007. (Mimeo.)

HOLSTON, J. A cidade modernista: uma crítica de Brasília e de suas utopias. São Paulo: Cia. das Letras, 1993.

KOHLSDORF, M. E. A apreensão da forma da cidade. Brasília: EDUnB, 1996.

LEFEBVRE, H. Direito à cidade. São Paulo: Centauro, 2001.

LYNCH, K. A imagem da cidade. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

MARTORELLI, I. B. A visibilidade das exposições da FUNARTE em Brasília: o projeto Atos Visuais como exemplo. Brasília: CEAD, 2008.

MICOUD, A. L’écologie urbaine comme utopie contemporaine. Paris, Quaderni, n.43, 2001.

OSTROWETSKY, S. L’imaginaire bâtisseur: les villes nouvelles em France. Paris: Librairie dês Meridiens, 1983.

PANERAI, P. Análise urbana. Brasília: EDUnB, 2006.

SENNET, R. Les tyrannies de l´intimité. Paris: Ed. du Seuil, 1979.

SILVA, I. E. M. Brasília, a cidade do silêncio. Brasília, 2003. Tese (Doutorado) – Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília.

SILVEIRA, C. B. Projetos urbanos-culturais na cidade do Rio de Janeiro: experiências recentes nas áreas da Lapa e da Praça Tiradentes. In: JEUDY, H. P.; JACQUES, P. B. (org.). Corpos e cenários urbanos. Bahia: EDUFBA; PPG-AU/FAUFBA, 2006.

WIRTH, L. O urbanismo como modo de vida. In: VELHO, O. (org.) O fenômeno urbano. Rio de Janeiro: Zahar, 1974.

Published

2009-11-30

How to Cite

Nunes, B. F. (2009). Eixo Monumental de Brasília: a obsessão da integração. Revista Brasileira De Estudos Urbanos E Regionais, 11(2), 139. https://doi.org/10.22296/2317-1529.2009v11n2p139

Issue

Section

Articles