Planejamento territorial e projeto nacional: os desafios da fragmentação
DOI:
https://doi.org/10.22296/2317-1529.2007v9n1p9Palabras clave:
projeto nacional, planejamento territorial, neo-localismo, grandes projetos de investimento.Resumen
A história recente do planejamento territorial no Brasil poderia ser narrada como uma trajetória continuada, embora não linear, de desconstituição – política, intelectual e institucional. Este processo é resultado e fator de aceleração do processo de fragmentação territorial que desafia todos os que se preocupam com a necessidade de um projeto nacional digno desta abrangência. O presente trabalho busca identificar e analisar os principais vetores do processo de fragmentação, a saber: grandes projetos de investimento (GPIs), neo-localismo competitivo e o velho regionalismo, com suas redes de clientela-patronagem. Em seguida, são examinados rapidamente os referentes teórico-conceituais dos GPIs e, em particular, do neo-localismo competitivo, que constitui hoje a principal receita distribuída aos países periféricos e dependentes por agências multilaterais e consultores internacionais. Ao final, busca-se explorar em que medida estariam emergindo no processo social contemporâneo tendências e forças capazes de neutralizarem os vetores da fragmentação e conduzirem um projeto nacional, no qual, necessariamente, o planejamento territorial deverá ocupar lugar central.
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