Espacio, modernidad y blancura
DOI:
https://doi.org/10.22296/2317-1529.rbeur.202221ptPalabras clave:
Espaço-lugar, Território, Modernidade, Branquitude, Branqueamento do TerritórioResumen
Neste artigo intento retomar a noção de espaço e sua construção como categoria moderna orientada pela racialidade, pelos pilares ontoepistemológicos da separabilidade, da determinabilidade e da sequencialidade, pautada em uma pretensão universal. Contraponho o espaço moderno ao espaço-lugar, tal como proposto por Muniz Sodré, para, em meio a essa contraposição, vislumbrar outras possibilidades de compreender e habitar o espaço. Apresento assim o movimento de renovação urbana em curso em Cidade Ademar (SP) enquanto jogo com a afetabilidade como caminho para explorar as frestas que a representação espacial moderna busca ocultar no distrito. Trato, enfim, de apresentar/confrontar o sujeito moderno que se esconde sob o manto da racionalidade e da universalidade, aquele que organiza e se apropria do espaço por ele continuamente nomeado, a fim de desnaturalizar a violência moderna/colonial que suprime outros entendimentos espaciais orientados pela relacionalidade, ou pela afetabilidade.
Descargas
Citas
BENTO, M. A. da S. Branqueamento e branquitude no Brasil. Psicologia social do racismo: estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil. Petrópolis: Vozes, 2002. p. 5-58.
BRASÍLIA periferia. Intérprete: GOG. In: Dia a dia da periferia. Brasília: Só Balanço. 1994. Faixa 1 (7'22 min). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=CTQm8BD4JAM. Acesso em: 9 nov. 2021.
CARNEIRO, A. S. A construção do outro como não ser como fundamento do ser. 2005. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-graduação em Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2005.
CIDADE Ademar, território de bandidos. Jornal da Tarde. São Paulo: Arquivo Histórico Municipal de São Paulo, 1989. Consulta: jan. 2019.
CIDADE Adhemar: casas e terrenos em prestações. O Estado de S. Paulo. São Paulo, 14 ago. 1949, p. 6.
CIDADE Adhemar, em Santo Amaro, é o bairro mais violento de São Paulo. Folha de S.Paulo, São Paulo, 19 nov. 1990. Caderno Cidade, p. 1.
FANON, F. Os condenados da terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1979. Ebook.
FANON, F. Racismo e cultura. Revista Convergência Crítica, v. 13, Dossiê: Questão ambiental na atualidade, 2018.
FANON, F. Pele negra, máscaras brancas. São Paulo: Ubu Editora, 2020.
FRANÇA, D. S. do N. Segregação racial em São Paulo: residências, redes pessoais e trajetórias urbanas. 2017. Tese (Doutorado) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017.
GÓES, J. Western modernity, urban spaces, and race: challenges to decolonial praxis in the African diaspora in the Americas. [2020]. No prelo.
HAESBAERT, R. Do corpo-território ao território-corpo (da terra): contribuições decoloniais. GEOgraphia, v. 22, n. 48, 2020.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo demográfico. Rio de Janeiro: IBGE, 2010.
JARDIM Miriam, recanto nordestino. O Estado de S.Paulo. São Paulo, 11 abr. 1976, p. 102.
McKITTRICK, K. On plantations, prisons, and a black sense of place. Social & Cultural Geography, v. 12, n. 8, p. 947-963, 2011.
MOMBAÇA, J. A plantação cognitiva. MASP Afterall-Arte e Descolonização. São Paulo: Museu de Arte de São Paulo, 2020.
NASCIMENTO, M. B. Beatriz Nascimento, quilombola e intelectual: possibilidade nos dias da destruição. [S.l.]: Filhos da África, 2018.
ROLNIK, R. Territórios negros nas cidades brasileiras: etnicidade e cidade em São Paulo e Rio de Janeiro. Revista de Estudos Afro-Asiáticos, v. 17, p. 1-17, 1989.
ROLNIK, R. São Paulo, início da industrialização: o espaço e a política. In: KOWARICK, L. (org.). As lutas sociais e a cidade. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1994.
ROLNIK, R. A cidade e a lei: legislação, política urbana e territórios na cidade de São Paulo. São Paulo: Studio Nobel, 1997.
ROY, A. Racial banishment. In: ANTIPODE EDITORIAL COLLECTIVE (eds.) et al. Keywords in radical geography: Antipode at 50. John Wiley & Sons, Ltd, 2019, p. 227-230.
SANTOS, R. E. dos. Rediscutindo o ensino de geografia: temas da Lei 10.639. Rio de Janeiro: Ceap, 2009.
SCHUCMAN, L. V. Sim, nós somos racistas: estudo psicossocial da branquitude paulistana. Psicologia & Sociedade, v. 26, n. 1, p. 83-94, 2014.
SILVA, A. C. Vila Missionária: constituição e desenvolvimento da periferia na cidade de São Paulo (1960-1990). São Paulo: Arquivo Histórico Municipal, 2019.
SILVA, D. F. da. Ninguém: direito, racialidade e violência. Meritum, Revista de Direito da Universidade FUMEC, v. 9, n. 1, 2014.
SILVA, D. F. da. Sobre diferença sem separabilidade. Catálogo da 32a Bienal de Artes de São Paulo – Incerteza Viva, p. 57-65, 2016.
SILVA, D. F. da. A dívida impagável. São Paulo: Casa do Povo, 2019a.
SILVA, D. F. da. Em estado bruto. ARS (São Paulo), v. 17, n. 36, p. 45-56, 2019b.
SMDUL. Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento. Geosampa, 2021. Disponível em: http://geosampa.prefeitura.sp.gov.br/PaginasPublicas/_SBC.aspx. Acessos em: 10 ago. 2021.
SODRÉ, M. O terreiro e a cidade. Petrópolis: Vozes, 1988.
TOSOLD, L. Autodeterminação em três movimentos: a politização de diferenças sob a perspectiva da (des) naturalização da violência. 2018. Tese (Doutorado) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2018.
UM BOM lugar. Intérprete: Sabotage. Rap é compromisso. São Paulo: Cosa Nostra. 2000, faixa 3 (5'05 min.). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=GA7LcSX8tYE. Acesso em: 9 nov. 2021.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Los autores que publican en esta revista aceptan los siguientes términos:
1) Los autores que publican en la RBEUR conservan los derechos sobre su obra y otorgan a la revista el derecho de primera publicación, realizada bajo la Licencia Creative Commons Attribution que permite compartir la obra y asegura el reconocimiento de la autoría y del vehículo de publicación original, la RBEUR.
2) Los autores son libres para publicar y distribuir de forma no exclusiva la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicar en repositorio institucional o como capítulo de un libro), reafirmando la autoría y el reconocimiento del vehículo de publicación original, la RBEUR.