Paisagens derivadas: imigrantes africanos e os novos arranjos da economia urbana em Londres
DOI:
https://doi.org/10.22296/2317-1529.rbeur.202536Palabras clave:
Paisagem Urbana, Economia Urbana, Migrações e Refugiados, Teoria dos Circuitos da Economia Urbana, LondresResumen
A consolidação da presença de imigrantes africanos na Europa Ocidental desde as últimas décadas do século XX tem contribuído para a criação de “paisagens derivadas” nas grandes cidades do continente. Por meio de formas particulares de trabalho e consumo desses imigrantes, verificam-se novos arranjos na economia urbana europeia, os quais demandam interpretações à luz da contemporaneidade. Este artigo analisa a organização das atividades comerciais do Ridley Road Market, situado no bairro de Hackney, em Londres, onde a maioria dos trabalhadores é originária da África Ocidental e do norte da África. A investigação se baseia na teoria dos circuitos da economia urbana, proposta por Milton Santos nos anos 1970, e utiliza as variáveis definidas por essa abordagem para identificar e interpretar os novos arranjos econômicos urbanos no período da globalização.
Descargas
Citas
ALVES, C. N. O circuito rap “indé” em Paris: dinâmicas socioterritoriais e mensagem ultramar. GEOUSP: Espaço e Tempo, São Paulo, v. 20, n. 1, 2016.
ANTIPON, L. C. O circuito inferior da economia urbana no centro do município de Campinas: a dimensão do comércio popular. 2017. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2017.
BAUMAN, Z. Globalization: The Human Consequences. New York: Columbia University Press, 1998.
BAYCAN-LEVENT, T.; NIJKAMP, P. Determinants of Migrant Entrepreneurship in Europe. The 45th Congress of the European Regional Science Association. Amsterdam: ERSA Amsterdam Congress, 2005.
BICUDO JR., E. C. O circuito superior marginal: produção de medicamentos e o território brasileiro. 2006. Dissertação (Mestrado em Geografia Humana) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.
BLANKSON, C.; OMAR, O. Marketing Practices of African and Caribbean Small Businesses in London, UK. Qualitative Market Research: An International Journal, v. 5, n. 2, p. 123-34, 2002.
CASTELLS, M. The Rise of the Network Society. Malden: Blackwell Publishers, 1996.
COOK, M.; EKWULUGO, F.; FALLON, G. Start up and Motivation Factors in the UK, African and Caribbean SMEs: An Exploratory Study. 4th International Conference of International Academy of African Business & Development. London, 2003.
EKWULUGO, F. Entrepreneurship and SMEs in London (UK): Evaluating the Role of Black Africans in This Emergent Sector. Journal of Management Development, v. 25, n. 1, 2006.
FRAGO, L.; MORCUENDE, A.; LLOBERAS, D. Towards a Retailess City? A Comparative Analysis of the Retail Desertification between a Global and a Local Commercial Strips in Barcelona. Urban Science, v. 8, n. 3, 2024.
GEERTZ, C. The Interpretation of Cultures. New York: Basic Books, 1973.
GERRING, J. What Is a Case Study and What Is It Good for? American Political Science Review, v. 98, n. 2, 2004.
HACKNEY. Hackney’s Heritage. 2024. Disponível em: https://hackney.gov.uk/hackney-diversity. Acesso em: 28 abr. 2024.
HARVEY, D. Condição pós-moderna. São Paulo: Loyola, 1992.
IAMONTI, V. Z. O circuito inferior na favela de Heliópolis. 2009. Trabalho de graduação (Graduação em Geografia) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.
JACOBS, J. Edge of Empire: Postcolonialism and the City. London: Routledge, 1996.
KERSHEN, A. Introduction. In: KERSHEN, A. (Ed.) London: The Promised Land? The Migration Experience in a Capital City. Avebury: Aldershot, 1997.
KITCHING, J.; SMALLBONE, D.; ATHAYDE, R. Ethnic Transnationals and Business Competitiveness: Minority-owned Enterprises in London. Journal of Ethnic and Migration Studies, v. 35, n. 4, 2009.
LEBLANG, D. Another Link in the Chain: Migrant Networks and International Investment. Diaspora for Development in Africa. Washington, D.C.: World Bank, 2011.
MAMIGONIAN, A. Capitalismo e socialismo em fins do século XX (visão marxista). Ciência Geográfica, São Paulo, v. 7, n. 18, p. 4-9, 2001.
MASSEY, D. S.; ARANGO, J.; HUGO, G.; KOUAOUCI, A.; PELLEGRINO, A.; TAYLOR, J. E. Worlds in Motion: Understanding International Migration at the End of the Millennium. Oxford: Clarendon Press, 1998.
MONTENEGRO, M. R. A teoria dos circuitos da economia urbana de Milton Santos: de seu surgimento à sua atualização. Revista Geográfica Venezolana, v. 53, p. 147-64, 2012.
NWANKWO, S. Characterization of Black African Entrepreneurship in the United Kingdom: A Pilot Study. Journal of Small Business and Enterprise Development, v. 12, n. 1, 2005.
NWANKWO, S.; AKUNURI, J.; MADICHIE, N. Supporting Black Businesses: Narratives of Support Providers in London. International Journal of Entrepreneurial Behaviour & Research, v. 16, n. 6, 2010.
OJO, S. Ethnic Enclaves to Diaspora Entrepreneurs: A Critical Appraisal of Black British Africans' Transnational Entrepreneurship in London. Journal of African Business, v. 13, n. 2, 2012.
REINO UNIDO. Census 2021. Disponível em: https://www.ons.gov.uk/census/maps/choropleth/identity/ethnic-group/ethnic-group-tb-20b/black-black-british-black-welsh-caribbean-or-african-african?lad=E09000012. Acesso em: 28 abr. 2024.
SANTOS, M. Por uma outra globalização. Rio de Janeiro: Record, 2000.
SANTOS, M. O espaço dividido: os dois circuitos da economia urbana dos países subdesenvolvidos. São Paulo: Edusp, 2004.
SASSEN, S. The Mobility of Labor and Capital: A Study in International Investment and Labor Flow. Cambridge: Cambridge University Press, 1988.
SASSEN, S. The Global City: New York, London, Tokyo. New Jersey: Princetown University Press, 1991.
SASSEN, S. Guests and Aliens. New York: New Press, 1999.
SAYAD, A. A imigração ou os paradoxos da alteridade. São Paulo: Edusp, 1998.
SILVEIRA, M. L. Globalización y circuitos de la economía urbana en ciudades brasileñas. Cuadernos del Cendes (Caracas), v. 3, n. 57, 2004.
SILVEIRA, M. L. Modernização contemporânea e nova constituição dos circuitos da economia urbana. GEOUSP: Espaço e Tempo, v. 19, 2015.
SILVEIRA, M. L. Globalização e urbanização corporativa: manifestações e tendências dos circuitos da economia urbana. In: ARROYO, M.; SILVA, A. M. B. (Orgs.). Instabilidade dos territórios: por uma leitura crítica da conjuntura a partir de Milton Santos. São Paulo: FFLCH, 2022.
SORRE, M. L’homme sur la terre: traité de géographie humaine. Paris: Librairie Armand Colin, 1961.
SPOSITO, E. S. O espaço dividido: elementos para discussão. Revista de Geografia. São Paulo: Unesp, v. 2, 1983.
SPOSITO, E. S. A teoria dos dois circuitos da economia urbana. In: SPOSITO, E. S.; CLAUDINO, G. S. (Orgs.). Teorias na geografia III: mundos possíveis. Rio de Janeiro: Consequência, 2023.
STOLLER, P. Money Has No Smell: The Africanization of New York City. Chicago: The University of Chicago Press, 2002.
UN-DESA. United Nations Department of Economic and Social Affairs. International Migrant Stock 2020: Destination and Origin: International migrant stock at mid-year, both sexes combined. 2020. Disponível em: https://www.un.org/development/desa/pd/content/international-migrant-stock. Acesso em: 29 abr. 2024.
UN-DESA. Population Division, [s.d.]. Disponível em: https://www.un.org/development/desa/pd/data-landing-page. Acesso em: 15 abr. 2024.
VANUCCHI, L. V. Novos nexos na economia urbana da cidade de São Paulo: as grandes redes comerciais e suas interferências no circuito inferior. 2009. Trabalho de graduação –Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Categorías
Licencia

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Los autores que publican en esta revista aceptan los siguientes términos:
1) Los autores que publican en la RBEUR conservan los derechos sobre su obra y otorgan a la revista el derecho de primera publicación, realizada bajo la Licencia Creative Commons Attribution que permite compartir la obra y asegura el reconocimiento de la autoría y del vehículo de publicación original, la RBEUR.
2) Los autores son libres para publicar y distribuir de forma no exclusiva la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicar en repositorio institucional o como capítulo de un libro), reafirmando la autoría y el reconocimiento del vehículo de publicación original, la RBEUR.