Despossessão, violências e a potência transformadora: um olhar interseccional sobre as remoções
DOI:
https://doi.org/10.22296/2317-1529.rbeur.202231ptPalavras-chave:
Despossessão, Remoção, Feminismos InterseccionaisResumo
O presente artigo parte da seguinte questão: o que significa pensar a remoção e suas consequências com base na narrativa de mulheres que enfrentam esses processos? Ao recuperar as narrativas e as reflexões de mulheres que sofreram remoção ou se encontram em situação de ameaça, é possível iluminar dimensões do processo que podem passar despercebidas ou ser encobertas por análises cujo enfoque recai sobre outras dimensões, que não passam por uma reflexão sobre as características de quem está sendo removido, e sobre o significado disso diante da totalidade do fenômeno. Ao lançar luz sobre a multiplicidade dos impactos decorrentes dos processos de remoção, pode-se retomar a própria noção conceitual para, então, formulá-la desde baixo, quer dizer, a partir das várias experiências que a compõem. Afinal, o que é remoção? O que significa viver sob a ameaça de perder o lugar onde se vive?
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