Urbanismo na cidade desigual: o Rio de Janeiro e os megaeventos
DOI:
https://doi.org/10.22296/2317-1529.2014v16n1p11Palabras clave:
urbanismo, grandes projetos urbanos, megaeventos, representações coletivas, desigualdade socioespacial.Resumen
O trabalho discute o modo como o tema da desigualdade é considerado no urbanismo no Rio de Janeiro. Para tal, trata das representações populares e científicas da cidade, que se encontram em um continuum entre a coesão e a fragmentação. O texto apoia-se na relação entre espaço físico e espaço social para, em seguida, demonstrar o papel do espaço físico e das representações do espaço na reprodução de relações sociais. Argumenta-se que o urbanismo no Rio de Janeiro sofreu uma inflexão nos anos 1990, resultando em experiências teoricamente inovadoras e politicamente conservadoras. Duas práticas discutidas são o "urbanismo de fragmentos" e os "grandes projetos urbanos". O desconhecimento ou a naturalização da temática da desigualdade sugere a impossibilidade de o urbanismo contemporâneo, em suas versões cariocas, dar respostas às questões sociais.
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