“Avenida Brasil – Tudo Passa Quem Não Viu?”: formação e ocupação do subúrbio rodoviário no Rio de Janeiro (1930-1960) | “Avenida Brasil - Everything Passes By Those Who Don’t See? ": the formation and occupation of a highway suburb in Rio de Janeiro (1930-1960)
DOI:
https://doi.org/10.22296/2317-1529.2018v20n2p287Palabras clave:
Rio de Janeiro, Subúrbio, Avenida Brasil, História da Cidade, AutomóvelResumen
O tema do presente artigo é a Avenida Brasil, no Rio de Janeiro. Se a Avenida Brasil é o grande tema, os desdobramentos da construção da Avenida para a cidade do Rio de Janeiro na primeira metade de do século XX é o objeto. Parto do pressuposto de que a partir da construção da avenida um novo eixo estruturante da cidade se expandiu pela orla da baía da Guanabara, produzindo uma nova configuração espacial para a localidade – antes inabitada – com fábricas, moradia operária e favelização crescente. Discuto ainda a hipótese de que com a Avenida há o desenvolvimento de um “subúrbio do automóvel” ou “subúrbio rodoviário”, em contraste com o subúrbio que margeia a linha do trem ou do bonde, já estabelecidos desde a virada do século XIX para o XX.
Descargas
Citas
ABREU, M. A. A evolução urbana do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: IPP, 2013.
BERNARDES, L. M. C. A Faixa Suburbana Do Rio De Janeiro. Revista Geográfica, no. 67, 1967. p.69-86. Disponível em: http://www.jstor.org/stable/40992949 Acesso em: novembro de 2017.
BRASIL. Decreto-Lei Nº 2.722, de 30 de outubro de 1940. Rio de Janeiro, DF, outubro. 1940.
CARVALHO, J. M. A formação das almas. O imaginário da república no Brasil. Rio de Janeiro, Companhia das Letras, 1990.
CARVALHO, M. A. R. Quatro vezes cidade. Rio de Janeiro: Sette Letras, 1994.
________. Temas sobre a organização dos intelectuais no Brasil. Revista. Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, v. 22, n. 65, Oct. 2007. pp. 17-31 http://dx.doi.org/10.1590/S0102-69092007000300003.
CAVALCANTI, Mariana e FONTES, Paulo. Ruínas industriais e memória em uma "favela fabril" carioca. Revista de História Oral, v.14, n.1, jan-jun. 2011. Pp. 11-35 Disponível em: http://revista.historiaoral.org.br/index.php?journal=rho&page=article&op=view&path%5B%5D=221&path%5B%5D=225 Acesso em: novembro de 2017.
DODSWORTH, Henrique. A Avenida Presidente Vargas: Aspectos Urbanísticos, jurídicos, financeiros e administrativos de sua realização. Rio de Janeiro: Biblioteca do Ministério da Fazenda, 1955.
FERNANDES, N. N. O rapto ideológico da categoria subúrbio: Rio de Janeiro 1858/1945. Rio de Janeiro: Apicuri, 2011.
FERNANDEZ, A. C. F. Assim é o meu subúrbio: o projeto de dignificação dos subúrbios entre as camadas médias suburbanas de 1948 a 1957. 1995. 284f. Dissertação (Mestrado) – Programa de Pós-graduação em Sociologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
FISCHER, B. A Poverty of Rights: Citizenship and Inequality in Twentieth-Century Rio de Janeiro. Stanford: Stanford University Press, 2008. 488p.
COSTA. R. G. Entre "Avenida" e "Rodovia": a história da Avenida Brasil (1906-1954). Tese de Doutorado. Arquitetura e urbanismo. UFRJ, 2006.
GONÇALVES, R. S. Favelas do Rio de Janeiro: história e direito. Rio de Janeiro: Pallas Editora, 2016.
HOLLANDA, D. M. C. A barbárie legitimada: a demolição da igreja de São Pedro dos Clérigos do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: EDUERJ, 2007.
KOWARICK, L. A Espoliação urbana. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
LEFEBVRE, H. A produção do espaço. Traduzido por Donald Nicholson-Smith 1991. Blackwell Publishing.
LINS, A. J. P. S. Ferrovia e segregação espacial no subúrbio: Quintino Bocaiúva, Rio de Janeiro. In: Márcio Piñon de Oliveira e Nelson da Nóbrega Fernandes. (Org.). 150 Anos de subúrbio carioca. 1ed.Niterói e Rio de Janeiro: Editora da UFF e Lamparina Editora, 2010. Pp. 138-160.
LOBO, E. M. L. (Coord.) Rio de Janeiro Operário. Natureza do Estado, Conjuntura Econômica, condições de vida e consciência de classe. Rio de Janeiro: Access editora, 1992.
MAGALHÃES, Sérgio; IZAGA, Fabiana; PINTO, André. Cidades: mobilidade, habitação e escala: um chamado à ação. Brasília, Confederação Nacional da Indústria – CNI, 2012. MAGALHÃES, Sérgio; IZAGA, Fabiana. Close yet far. In: BURDETT, Ricky (org.). Urban Age City Transformations. Conference Rio de Janeiro, 24/25 october 2013.
MIYASAKA, C. R. Os trabalhadores e a cidade: a experiência dos suburbanos cariocas (1890-1920). Tese de Doutorado, Unicamp. 2016.
OAKIM, Juliana. "Urbanização sim, remoção não". A atuação da Federação de Associações de Favelas do Estado da Guanabara nas décadas de 1960-1970. 2014. 211 f. Dissertação (Mestrado em História) – Departamento de História, Universidade Federal Fluminense Niterói, 2014.
O’DONNELL, J. A invenção de Copacabana: culturas urbanas e estilos de vida no Rio de Janeiro (1890-1940). Rio de Janeiro: Zahar, 2013.
PEREIRA, M. A. C. S. Subúrbio. In: TOPALOV, Christian et. al. (org.). A aventura das palavras da cidade, através dos tempos, das línguas e das sociedades. São Paulo: Romano Guerra, 2014. Pp. 619- 627.
REIS, J. O. O Rio de Janeiro e seus prefeitos. Rio de Janeiro: Prefeitura do Rio de Janeiro, 1977.
________. Uma síntese sobre as principais vias do Plano Diretor. Revista Municipal de Engenharia., julho de 1942, Nª 4. RIO DE JANEIRO (Distrito Federal).
SAEZ, Horácio Capel. COSTA, Vicente Casals. Capitalismo e história da eletrificação, 1890-1930. Ediciones del Serbal, S.A., 2013.
SANTOS, Joaquim Justino Moura dos. Contribuição ao estudo da história do subúrbio do Rio de Janeiro: a freguesia de Inhaúma - 1743-1920. Dissertação de mestrado, Rio de Janeiro, Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1987.
_______. De freguesias rurais a subúrbio: Inhaúma e Irajá no município do Rio de Janeiro. Tese de doutoramento, São Paulo, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, 1997.
SILVA, E. As queixas do povo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.
SILVA, L. A. M. A Política na Favela. Cadernos Brasileiros, n. º 41, maio/junho, 1967. Pp. 35-47
SILVA, M. L. P. As favelas e o subúrbio: associações e dissociações na expansão suburbana da favela. In: OLIVEIRA, Márcio Piñon de Oliveira. FERNANDES, Nelson Nóbrega (orgs.) 150 anos de subúrbio carioca. Lamparina: FAPERJ: EdUFF.2010.
SOARES, Maria Therezinha Segadas. Fisionomia e estrutura do Rio de Janeiro. Revista Brasileira de Geografia. Rio de Janeiro, julho-setembro de 1965. p.329-388. Disponível em: http://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/monografias/GEBIS%20- %20RJ/RBG/RBG%201965%20v27_n3.pdf Acesso em: novembro de 2017.
TORRES, Pedro Henrique C.; Sanches, T; Ribeiro, R. O direito à cidade no Rio de Janeiro contemporâneo. Olhares Plurais, v. 1, 2017. Disponível em http://revista.seune.edu.br/index.php/op/article/view/264 Acesso em: novembro de 2017. Pp. 1-2
TORRES, Pedro Henrique C. Uma Avenida Chamada Brasil: expansão e consolidação do Rio de Janeiro suburbano. Tese de doutoramento, Rio de Janeiro, Pontifícia Universidade do Rio de Janeiro (PUC-Rio), 2017.
VIAL, A. M. Evolução da ocupação das favelas na cidade do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Prefeitura do Rio de Janeiro, 2001.
WEID, Elisabeth Von Der. E Bastos, A. M. R. O Fio Da Meada: Estratégia De Expansão De Uma Industria Têxtil: Companhia America Fabril, 1878-1930. Rio de Janeiro: Editora CNI, 1986.
_______. O bonde como elemento de expansão urbana no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1994.
_______. Chegada e expansão da Light no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: 7Letras, 2017.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2018 Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Los autores que publican en esta revista aceptan los siguientes términos:
1) Los autores que publican en la RBEUR conservan los derechos sobre su obra y otorgan a la revista el derecho de primera publicación, realizada bajo la Licencia Creative Commons Attribution que permite compartir la obra y asegura el reconocimiento de la autoría y del vehículo de publicación original, la RBEUR.
2) Los autores son libres para publicar y distribuir de forma no exclusiva la versión del trabajo publicado en esta revista (por ejemplo, publicar en repositorio institucional o como capítulo de un libro), reafirmando la autoría y el reconocimiento del vehículo de publicación original, la RBEUR.